Na abertura do “Junho Verde”, Ministério Público faz alerta para futuros problemas ambientais no Amapá
O procurador Márcio Alves disse que o Amapá permanece no antigo dilema de ser o estado mais preservado do país e ter a necessidade premente de um desenvolvimento econômico que impulsione o crescimento das minorias e dos serviços públicos.

Paulo Silva
Editoria de Política
O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Márcio Augusto Alves, acompanhado da diretora-geral da instituição e coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOP Ambiental), promotora de Justiça Ivana Cei, participaram, nessa segunda-feira (5/6), no Museu Sacaca, da abertura do “Junho Verde”, que conta com ampla programação coordenada pelo governo do estado para debater as questões ambientais.
“O Junho Verde é uma máxima homenagem do estado do Amapá ao Dia do Meio Ambiente. Decidimos dedicar não só um dia, ou uma semana, mas o mês inteiro para discussão e relacionamento da academia, poder púbico e sociedade. A partir desses debates teremos elementos para implementar novas diretrizes nas políticas públicas ambientais”, explicou o secretário estadual de Meio Ambiente, Marcelo Creão.
O procurador Márcio Alves disse que o Amapá permanece no antigo dilema de ser o estado mais preservado do país e ter a necessidade premente de um desenvolvimento econômico que impulsione o crescimento das minorias e dos serviços públicos. Na luta para equacionar esse dilema, o procurador argumentou que o diálogo permanente entre as instituições e a sociedade é fundamental para construir caminhos ambientalmente seguros que levem ao crescimento econômico.
“É um conflito que a gente precisa resolver, de forma que a sociedade se sinta protegida na sua causa ambiental e tenha o amparo do estado para o desenvolvimento econômico. O MP, como fiscal da lei, procura, através da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, cumprir seu papel de forma eficiente e eficaz, combatendo todas as formas de agressão ao meio ambiente”, disse.
Márcio Alves também alertou sobre crises ambientais que devem ocorrer no Amapá. “Estamos caminhando para um futuro em que o conflito agrário será algo premente. Em municípios como Tartarugalzinho, Calçoene, Amapá, Porto Grande, enfim, onde tem aumentado a produção de grãos, é preciso ficar atento para não vivermos aqui o que ocorre no Pará. Claro que o desenvolvimento passa pela expansão agrícola, mas não se pode negligenciar na defesa do meio ambiente. O MP está atento! Precisamos desses recursos, mas também queremos um meio ambiente saudá ;vel e equilibrado para os nossos filhos e netos”, frisou.
Herialdo Monteiro, representando a prefeitura de Macapá, lembrou que o apoio do MP garantiu o projeto de revitalização do Parque Zoobotânico. “No município, estamos fazendo a nossa parte quando assumimos a gestão ambiental municipal, mas precisamos de apoio, por exemplo, para proteger as áreas de ressaca. Aproveito também para agradecer imensamente à promotora Ivana Cei pelo apoio fundamental do MP, que vai nos assegurar a reabertura do nosso parque, fechado há 20 anos”.
Também participaram da mesa representantes e dirigentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recurso Naturais (IBAMA), Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e da Universidade Estadual do Amapá (UEAP).
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