Família de jovem acusado de ter violentado garota de 18 anos rebate denúncias

Elden Carlos
Editor de Polícia

O caso da jovem de 18 anos que teria sido supostamente raptada e violentada sexualmente no último domingo (4), ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (7). Segundo Edson Barbosa [pai da garota], sua filha teria sido colocada a força dentro de um carro no final da tarde do domingo. Ela estaria na frente da casa da família, no bairro Nova Esperança, quando foi levada por desconhecidos.

Ainda na versão do pai, a jovem teria sido levada para um cativeiro localizado no bairro Marabaixo IV, onde por dois dias foi violentada sexualmente e permaneceu sem se alimentar. Inicialmente Edson alegou que sua filha tinha 17 anos, mas nesta quarta-feira a polícia confirmou que ela é maior de idade [18 anos].

O pai, durante entrevista à rádio Diário (90.9FM) acusou um jovem de 22 anos de ser um dos supostos agressores da menina. O Diário localizou a família do rapaz, e a mãe dele, Rosimairy Nascimento, de 42 anos, concedeu uma entrevista ao repórter Elden Carlos na zona sul de Macapá na tarde desta quarta-feira.

“Não existiu nada disso que o pai dela acusa. Essa garota conhecia meu filho há cerca de um mês e eles passaram a se relacionar, inclusive, trocavam mensagens pelas redes sociais. Eles se conheceram em um pagode aqui no campo da Escola Coelho Neto. Por volta de 19h de domingo essa moça chegou a pés e sozinha aqui na rua de casa. Isso pode ser comprovado pelas imagens das inúmeras câmeras de segurança das residências aqui próximas. Inclusive, ela estava mexendo no celular”, relatou Rosimairy.

A mãe do jovem também declarou que a garota se apresentou como namorada dele. Naquela noite havia uma comemoração em frente à casa do rapaz, sendo que durante um determinando momento houve uma briga entre vizinhos.

“O pessoal estava bebendo aqui na rua e acabaram se desentendendo. Deu até polícia. Durante essa situação a menina acabou se envolvendo e brigando com uma vizinha. Essas marcas que ela diz ter pelo corpo foram causadas nessa briga”, assegurou Rosi.

A garota teria dormido aquela noite com o rapaz. “Antes ela foi em casa, pediu meu celular para fazer uma ligação e falou com um homem. Ela dizia que era tio dela, um major da PM, mas a conversa era estranha, como se fosse alguém com quem ela se relacionasse amorosamente, entende? Esse número foi até repassado para a polícia”, declarou uma vizinha que afirmou já ter sido intimada para depor no caso.

A suposta vítima permaneceu na casa do rapaz até a terça-feira pela manhã. “Ela comeu, tomou banho, conversou com as pessoas, fez tudo normalmente. Na terça pela manhã, para minha surpresa, eu abri o Facebook e vi a foto dela em uma reportagem do Diário do Amapá que falava sobre o desaparecimento. De imediato eu fui até essa jovem e a questionei. Ela me respondeu que já estava sabendo. Chamei um mototaxista legalizado que faz corridas para minha família e determinei que ele a deixasse na casa dos pais dela. Porém, no meio do caminho ela disse que não iria para a casa dos pais, no Nova Esperança, e que era para o mototaxista levá-la até a casa de uma tia dela, no Novo Buritizal, na Ponte do Coqueiro. Essa é a verdade”, concluiu a mãe do rapaz que foi levado para um local afastado por medida de segurança, depois que familiares da garota foram até a casa dele fazer ameaças.

Um inquérito foi instaurado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM). “A garota foi apresentada na delegacia onde foi ouvida em depoimento. O inquérito foi instaurado para apurar o caso. Qualquer afirmação que se faça agora é prematura. Faremos a tomada de depoimentos, juntada de provas e outros procedimentos para poder saber o que realmente aconteceu. É bom frisar que antes de tudo foi feito o acolhimento dessa jovem por especialistas da delegacia. O desfecho da história dependerá de todos esses elementos já citados”, assegurou a delegada Clívia Valente, coordenadora da DECCM.

Imagem: Joelson Palheta

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