‘Lutar e Resistir do Oiapoque ao Jari’ apresenta propostas de trabalho
A chapa também propõe a retomada das questões concernentes à nova sede, um prédio há anos inconcluso que mais parece um “elefante branco” e que não teve atenção por parte das gestões mais recentes, envolvidas em negociações com o governo do estado

Célio Alício
Especial para o Diário
Tendo à frente as professoras Ivanéia Alves e Sandra Rocha, respectivamente candidatas a presidente e vice presidente, e mais 28 profissionais da educação, a chapa ‘Lutar e Resistir do Oiapoque ao Jari’, inscrita sob o número 27, concorrerá com outras seis chapas às eleições para a diretoria executiva estadual do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá Sinsepeap), nas eleições do dia 25, domingo, na quadra da escola estadual Azevedo Costa. A chapa traz em seu programa um conjunto de 27 propostas elaboradas e discutidas coletivamente, levando em consideração a conjuntura em que se encontra a educação pública em todo o estado e no âmbito nacional.
O programa prioriza dentro do seu leque de propostas a luta pelo pagamento integral do piso salarial (Lei nº 11.738/2008) a todos os educadores; o fim do parcelamento do pagamento dos servidores estaduais; combate ao assédio moral através de campanhas nas escolas; cumprimento de todos os PCC’s (Plano de Cargos e Carreiras) do estado e município; retorno da vigilância física nas escolas estaduais e municipais; promoção e incentivo da comunicação por meio das mídias sociais, publicação de informativos e com a implantação do portal da transparência no site do sindicato para a prestação de contas da gestão com atualização mensal; reivindicação de alteração da Lei nº 1.503/10 para que seja promovida a gestão democrática com eleições diretas para as equipes gestoras das escolas; entre outras propostas.
A chapa também propõe a retomada das questões concernentes à nova sede, um prédio há anos inconcluso que mais parece um “elefante branco” e que não teve atenção por parte das gestões mais recentes, envolvidas em negociações com o governo do estado e acordos pouco esclarecidos e que colocaram em cheque a credibilidade do sindicato tornando-o alvo de críticas veementes por parte da imprensa e da opinião pública. Segundo Ivanéia e Sandra, recursos existem e serão buscados com seriedade e competência para que investimentos seguros sejam realizados para que o patrimônio tenha sua construção concluída e seja entregue aos seus associados. A chapa conseguiu angariar apoio em praticamente todos os municípios amapaenses e prega o desatrelamento da entidade classista em relação aos poderes executivos do estado e de cada município, garantindo autonomia e independência para que os direitos de todos os servidores da educação sejam respeitados em todo o território amapaense, do Oiapoque ao Laranjal do Jarí.
O embate com as outras chapas e suas respectivas propostas tem sido, de acordo com os membros da chapa, de forma antiética e rasteira, uma vez que a principal arma empregada pelos adversários para que a chapa não receba apoio dos eleitores é o fato da titular da chapa, profª Ivanéia Alves ter sido casada com um ex-presidente do sindicato, ao que ela responde apontando seu passado de lutas em favor da educação e o fato de ter um currículo e formação que a credenciam à titularidade da chapa e do sindicato, caso eleita. Ivanéia cita que desqualificar sua biografia denota preconceito contra uma profissional cujas credenciais apontam para sua atuação como secretária-geral da CUT-AP e, atualmente, como titular do conselho fiscal da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Também militou como representante dos trabalhadores no CPVPEB e CGPC, esteve na direção de formação do Sinsepeap no período 2005/2011, quando lutou ativamente pela entrada dos profissionais em educação dos 16 municípios no quadro do sindicato, além de ter contribuído para a implementação dos 17 PCCs do magistério em nível local.
A chapa foi formada com base na formação e qualificação de cada membro e no nível de comprometimento com a causa da educação em todos os níveis de ensino e o alinhamento de cada um às diretrizes que norteiam o programa de propostas, combinando experiência com juventude e priorizando o grave quadro de crise em que se encontra a educação amapaense e que se agudizou nos últimos dois anos tornando-se insustentável. A falta de merenda nas escolas, a violência crescente, a depredação e roubo do patrimônio das escolas com algumas delas sofrendo diuturnamente com os assaltos, a violência, o tráfico de drogas, a violência sexual, falta de qualificação dos professores, ausência de uma política salarial justa, decente e que atenda as expectativas de cada servidor, incluindo a reposição das perdas salariais verificadas na última década, nas diferentes gestões estaduais e municipais.
A chapa 27 também propõe o acompanhamento por parte do sindicato às bancadas parlamentares federal, estadual e municipal para e reivindicar cobrar ações afirmativas em favor dos servidores em educação sem vinculações ou atrelamentos a essas instâncias, fato que tem sido um ponto bastante criticado pelos professores amapaenses na análise da gestão atual do Sinsepeap, que Ivanéia, Sandra e todos os membros da chapa desaprovam por comprometer o livre trânsito e arbítrio da entidade classista que detém a representatividade dos servidores em educação em todo o estado.
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