Milhomen diz que pode deixar o PCdoB se partido não priorizar sua candidatura
Atual secretário de Relações Institucionais da PMM, Evandro Milhomen não se insurge contra prioridade de reeleger Marcivânia, mas pondera que tem de garantir o próprio espaço político
O ex-deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB) admitiu neste sábado no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9) que pode deixar o partido caso a sua eleição para a Câmara não seja priorizada, garantindo que “em nenhum momento” se insurge contra a candidatura à reeleição da deputado Marcivânia Flexa, porém, pondera que tem de garantir o próprio espaço e seu projeto político. Ele defende que deva haver um canal aberto de diálogo com os demais partidos, destaca a importância da liderança do senador João Capiberibe (PSB), reconhece a força política do governador Waldez Góes (PDT), mas lembra que o PCdoB faz parte da base aliada do prefeito Clécio Luís (Rede).
“O PCdoB é um partido que conversa muito com vários outros partidos e aliados, tem liberdade para extrair o que é melhor; sou vice-presidente estadual do comitê do partido no Amapá; temos plena liberdade; o fato de estamos com o Davi (DEM), Randolfe e Clécio (ambos da Rede) não quer dizer que podemos descartar a descartar liderança do ex-governador e atual senador João Capiberibe, que é uma liderança consolidada no estado; o PCdoB vem dialogando muito, embora eu venho participando pouco dessas conversas; eu fico observando, tenho opinião própria, como vice-presidente e como militante há quase 15 anos; atualmente o PCdoB participa de um projeto compondo a base do governo Clécio, o PCdoB está aliado a esse projeto; a prioridade na direção nacional, é a reeleição da deputada Marcivânia pela direção nacional, e claro, se o mandato fosse meu a prioridade seria eu; mas a minha prioridade é o meu projeto político (retornar à Câmara)”.
Milhomen descarta uma união das esquerdas no Amapá: “A questão do PSB é que eu não iria pra ser sublegenda, sub governo, porque até agora que tenho visto pelas conversas são os passos de sub gestão, sem expressividade nenhuma pra quem quer fazer politica, assumir postura politica diante de um governo; o PCdoB precisa continuar debatendo com o Waldez, com o prefeito Clécio principalmente, e o debate com o Clécio é muito tranquilo; não descarto eventual aliança com o PSB, mas largar uma aliança vencedora em favor de uma que perdeu é incoerência. Essa questão de união de esquerdas é uma linha tênue, não vai acontecer porque cada partido tem sua fatia que quer que se erga”.
Atual secretário de Relações Institucionais da prefeitura de Macapá, Evandro Milhomen disse que também não acredita numa eventual candidatura de Randolfe Rodrigues ao governo do estado: “É inócua a possibilidade de Randolfe se candidatar ao governo, não há chance nenhuma disso acontecer; o Randolfe tem sido um grande senador para o Amapá, temos que reconhecer isso; nós temos que aprender a nos orgulhar pelo representante que temos; o que faz a politica amapaense ser pequena é justamente não querer reconhecer, por ciúme, inveja, mais do que qualquer outra coisa; o Randolfe ajuda a fazer surgir uma nova forma de politica, por isso precisa se reeleger”.
Quanto à candidatura do senador Capiberibe ao governo, o comunista se diz reticente: “O senador Capiberibe ao governo, me desculpe, mas eu vejo principalmente o fato de que o PSB ao longo dos tempos acabou indo pro isolamento na relação com os outros partidos; com todo respeito a figura do senador Capiberibe, que é senador que tem demonstrado grandeza e firmeza em seu posicionamento politico, o PSB se apequenou com o pensamento qeu é só lá dentro (do partido) é que está a solução dos problemas, mas não é; tem que olhar pro aliado, saber que o aliado pode contribuir muito para o governo; não é questão de descrédito na palavra, mas sim no comportamento, na ação politica; o que acontece é que depois (que o PSB) ganha o mandato, a participação de aliados é uma participação secundária, pois a parte central de tudo é o partido, é o PSB que comanda a gestão publica”.
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