Greve geral desta sexta-feira mobiliza sindicatos e associações
Movimento contra as reformas previdência e trabalhista promete parar o Brasil. No Amapá haverá concentrações nas Praças da Bandeira e Veiga Cabral. Vários partidos políticos confirmaram participação

Vários sindicatos, associações e partidos políticos anunciaram adesão à paralisação geral de advertência contra as reformas trabalhista e previdenciária que acontece em todo o Brasil nesta sexta-feira (30). No Amapá o movimento promete ser uma das maiores manifestações de protesto dos últimos anos, com as maiores lideranças sindicais e dirigentes de siglas partidárias confirmando participação maciça de trabalhadores de quase todas as categorias de trabalhadores e militantes.
Na manhã desta quinta-feira (29) lideranças políticas e dirigentes de sindicatos debateram o movimento no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), entre as quais a virtual presidente eleita do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Amapá Kátia Cilene. Segundo ela, mesmo ainda não tendo sido confirmada como vencedora das eleições realizadas no último domingo, os resultados apontam que os resultados parciais apontam para a vitória, mas revelou que, como já é contumaz nas eleições do sindicato, algumas impugnações propostas por adversários já estão sendo analisadas pela comissão eleitoral. Mesmo diante desse impasse, entretanto, Kátia Cilene revelou que já começou a executar o seu plano de gestão através de visitas às escolas.
“Estamos aguardando a comissão eleitoral divulgar o resultado oficial, o que ocorrerá depois da apuração completa dos votos e dos julgamentos dos processos de impugnação; o importante é que teve votação, ganhamos no votos, estamos na frente; mas o processo eleitoral é complicado porque não se trata apenas de urna eletrônica, tem a votação manual, os votos em trânsito… Mas estamos aguardando a finalização do processo com tranquilidade. De qualquer maneira já estamos colocando na prática o nosso plano de gestão, principalmente no que diz respeito a visitas às escolas, dialogando com os servidores, buscando alternativas para a garantia dos direitos das categorias. Inclusive ontem (quarta-feira) estivemos na Escola Esther Virgulino discutindo a Instrução Normativa nº 02, do governo do estado, que ampliou a carga horária dos servidores da educação, e vamos nos empenhar para que a mesma seja corrigida ou mesmo revogada, porque aumenta a carga horária mas não tem a contrapartida da remuneração”, destacou, acrescentando:
Também entrevistada pelo programa, a sindicalista Nilza Amaral completou: “Estamos confiantes na comissão eleitoral, que está fazendo um trabalho com muita seriedade, e por isso já temos como certeza a vitória, esperando que a Kátia seja empossada como rpesidente do Sinsepeap garantindo novos tempos para os trabalhadores da educação no estado”.Membro do diretório regional do Partido dos Trabalhadores (PT), o advogado e professor Marcos Roberto também falou sobre o movimento: “A gente está convidando trabalhadores e trabalhadoras para comparecerem maciçamente amanhã na greve geral, que já tem uma adesão muito forte de diversos sindicatos, associações e partidos políticos; a intenção é o Brasil mostrar que possuímos um governo ilegítimo; nem o governo e tampouco o Congresso Nacional possuem legitimidade para fazerem essas reformas, principalmente porque prejudica demais a base da pirâmide, que são os trabalhadores, e só vamos conseguir impedir esse caos com povo nas ruas; no Amapá já temos a adesão dos senadores João Capiberibe(PSB) e Randolfe Rodrigues (REDE), mas temos três senadores e vamos trabalhar, pressionar o terceiro (Davi Alcolumbre, do DEM) para que ele também participe do movimento, posicionando-se ao lado do povo amapaense, do povo brasileiro”.
Também sindicalistas, Geovane Granjeiro alertou para os interesses dos grandes empresários na aprovação das reformas: “Nós percebemos a convicção da população de que esse governo já acabou; mas é preciso alertar que não basta esse governo cair, porque o que existe é a iniciativa por parte do capital pra que essas reformas passem com Temer ou sem Temer; Para eles (os grandes empresários) o Temer é apenas um ser que tem demorado a passar as reformas, por isso eles precisam de um nome que passe essas reformas com mais facilidade e celeridade; para o capital o Temer não é necessário, querem outro, um que seja eleito por via indireta, que é o Rodrigo Maia, por isso não nos interessa as reformas que não têm apoio popular, porque como elas se apresentam vão prejudicar enormemente a vida do trabalhador, inclusive violando direitos adquiridos”.
Para Marcos Roberto, o Congresso Nacional não tem respaldo para escolher o eventual sucessor de Michel Temer “Nós entendemos que o Congress não reúne condições éticas e morais para escolher presidente, porque o momento exige apoio popular, e apoio popular é no voto. Esse governo é ilegítimo, porque Temer está presidindo o país por um golpe arquitetado por Eduardo Cunha, Temer e Aécio, que inclusive está sendo denunciado por corrupção; por isso a população tem que ir às ruas neste sexta-feira, como forma de mostrar à classe política que não estamos satisfeitos com o atual quadro político, que exige eleições diretas já para Presidente da República”.Deixe seu comentário
Publicidade
