Cidades

Tjap e Caesa iniciam mutirão para negociação de dívidas de consumidores

Primeira rodada de conciliação é feita com 300 pessoas físicas e jurídicas com dívidas superiores a R$ 50 mil, que no total atinge o montante de R$ 36 milhões referentes ao não pagamento de contas nos últimos 10 anos


A diretora comercial da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Magaly Xavier, revelou na manhã desta segunda-feira (21) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que as 300 pessoas físicas e jurídicas relacionadas pelo Núcleo de Conciliação (Nupemec) do Tribunal de Justiça (Tjap) que participam da primeira fase do mutirão de negociação de dívidas respondem, juntas, por dívidas de mais de R$ 36 milhões, resultantes do não pagamento de contas de água e esgoto nos últimos 10 anos.

“Esses 300 (consumidores) devem, cada um, mais de R$ 50 mil, cuja somatória atinge o montante de 36 milhões, e vamos tentar negociar pelo menos uma entrada substancial de cada um e fazer parcelamento de quem solicitar; mas é importante ressaltar que nos casos de pagamento a vista não vão ser cobrados juros, correção monetária e multas; essa dívida não é apenas de água, mas também de esgoto”, explicou.

Magaly reclamou do que chamou de ‘afrouxamento’ de gestões anteriores com relação ao pagamento das faturas: “O que houve foi um afrouxamento, uma tranqüilidade nas contas, andaram passando a mão na cabeça de algumas pessoas… Não me pergunte o motivo porque eu não entendo, mas isso afetou muito a Caesa, porque em função do inadimplemento deixou de haver reinvestimento; a partir de agora teremos condições de sobreviver de uma forma mais organizada, porque com o alinhamento das contas vamos também alinhar, melhorar a prestação de serviços”.

Questionada se os órgãos públicos estão em dia com os pagamentos, Magaly respondeu que a maioria sim, mas que alguns se encontram inadimplentes, incluindo as prefeituras do interior: “Alguns sim, outros não, mas pelo menos estamos em negociação de permuta, por exemplo; por exemplo, a prefeitura de Macapá deve água, mas também devemos IPTU, e a gente se alinha; o que estamos com dificuldades ainda, infelizmente, é com o interior do estado; nos teremos que alinhar também com as prefeituras que também não estão bem assim das pernas, e a política pública de cobrança é feita com base em acordos; nós estamos fazendo um ajuste com todos os órgãos públicos, que em sua maioria a dívida já está negociada; não há problema na Capital e ainda estamos em fase negociação com o interior, que inclui a prefeitura de Santana”.


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