Paulo Lemos defende exploração de minérios, desde que haja fiscalização responsável
Deputado estadual diz que o Amapá precisa de compensações por sua condição de estado pobre, impedido de explorar suas próprias riquezas, mas entende que é preciso criar uma forte estrutura de controle para evitar prejuízos sociais, ambientais e econômicos

Em entrevista concedida nesta segunda-feira (28) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) o deputado estadual Paulo Lemos (PSOL) afirmou que é favorável à exploração de minérios na área da Reserva Mineral do Cobre e Associadas (Renca), desde que haja uma fiscalização eficiente por parte dos órgãos de controle para evitar a repetição de “verdadeiros desastres” com a exploração irresponsável das riquezas minerais do estado, em que grandes empresas deixaram para trás prejuízos ambientais, sociais e econômicos.
“Nós somos um estado pobre com tantas riquezas minerais e naturais, mantemos a nossa floresta praticamente intocada e por isso denominado ‘pulmão do mundo’; estamos no meio de uma grande crise e precisamos nos valer das nossas riquezas, que são imensas, mas eu só acho que essas riquezas devem ser exploradas de forma responsável. A minha maior preocupação é que o governo não possui essa estrutura nos órgãos de controle para fiscalizar, é essa a minha preocupação. Seria positivo se fosse uma coisa responsável, que não tivesse corrupção, mas a verdade é que infelizmente pras coisas andarem em grande parte dos órgãos públicos tem que dar a famosa ‘ponta’ por fora”.
Candidatura própria
Na companhia do vereador Carlos Rinaldo, seu companheiro de partido, Paulo Lemos fez uma avaliação positiva das plenárias do PSOL que foram realizadas nesse fim de semana em três municípios: “Fizemos as primeiras três plenárias preparatórias para o congresso nacional do partido que ocorrerá em dezembro; foi muito positivo porque só nessas primeiras plenárias mais de 100 pessoas foram credenciadas, sendo que cada 60 pessoas elegem um delegado federal com assento no congresso nacional que vai definir os rumos do partido e contribuir para a reorganização das esquerdas no país”.
Lemos não descartou candidaturas majoritárias: “Tudo isso nós vamos discutir no congresso nacional, mas não podemos esquecer que temos uma relação muito próxima com o senador Randolfe, que foi do PSOL e hoje está na REDE, que é um partido parceiro do PSOL principalmente no Amapá, e ele vem nos orgulhando muito com suas atitudes no mandato. Nós vamos nos empenhar para que a nossa primeira opção para o Senado seja o Randolfe, mas tudo vai ser debate no congresso, porque quem vai decidir os rumos do partido é a direção nacional”.
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