Curso capacita profissionais em boas práticas de manejo e qualidade em açaí
O objetivo da capacitação – que dura cinco dias – é repassar aos técnicos orientações sobre a implementação da Lei 1914/2015

Teve início na segunda-feira, 28, a capacitação em boas práticas de manejo e qualidade em açaí. O evento, realizado pelo Governo do Estado do Amapá, acontece no Instituto de Florestas do Estado do Amapá (IEF), onde reuniram-se membros da Câmara Setorial da Biodiversidade, Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Vigilância Sanitária de Santana e Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro).
O objetivo da capacitação – que dura cinco dias – é repassar aos técnicos orientações sobre a implementação da Lei 1914/2015 que trata do Programa de Qualidade do Açaí, cujo propósito é fiscalizar a produção do fruto para garantir um produto de maior qualidade. A Lei cria, ainda, o Selo de Qualidade para estabelecimentos amapaenses que comercializam açaí, bacaba e seus subprodutos dentro das normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O diretor-presidente do IEF, Marcos Tenório, ressalta que inicialmente a capacitação é voltada para técnicos que atuam na fiscalização do produto em Macapá e Santana, mas, em breve, profissionais de todo o Estado terão acesso às informações.
Tenório frisa que, posteriormente, vendedores de açaí e de bacaba serão orientados sobre o Programa de Qualidade do Açaí, uma vez que no futuro deverão se adequar a legislação. “Vamos explicar aos empreendedores que a implementação da Lei não é necessária para a questão da segurança alimentar e da qualidade de seus produtos. Além disso, se o produtor cumprir todos os requisitos, ele garante a possibilidade de obter uma certificação, o que valorizará seu produto, além de torná-lo mais competitivo no mercado”, destacou o diretor-presidente, reforçando que a Lei não tem como objetivo punir, mas garantir a qualidade do açaí.
A capacitação é ministrada pelos pesquisadores André Amaral e Edlucia Torres, do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológica do Amapá (Iepa). Há anos o órgão desenvolve estudos acerca do açaí, portanto, o encontro é, também, uma oportunidade de nivelar os conhecimento sobre o plantio, a colheita, o armazenamento, o transporte e a comercialização do fruto, além de discutir a legislação estadual.
Para Torres, a implementação da Lei e a troca de informações beneficiarão toda uma cadeia-produtiva, desde os produtores até o consumidor final. “Ganha o batedor que vai desenvolver um açaí de melhor qualidade e ganha o consumidor que vai consumir esse produto. Então, na verdade, essa é uma cadeia que será beneficiada, e durante esta semana, iremos trabalhar todas as etapas que compõem essa cadeia: questões de boas práticas, higiene, comercialização e infraestrutura”, frisou.
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