Política

Bruno Cei prega fim ao “discurso demagógico” e pede abertura da Renca

Administrador e especialista na área de mineração, ele defende a exploração de minérios com respeito ao meio ambiente e diz que o Amapá não pode se curvar à tese preservacionista por causa da vocação mineral do estado


Entrevistado neste sábado (09) no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9) apresentado pelo advogado Helder Carneiro, com a bancada complementada pelos também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, o administrador e especialista na área de mineração Bruno Cei pediu o fim do que chamou de “discurso político demagógico” e defendeu a exploração de minérios com respeito ao meio ambiente. Segundo ele, o Amapá não pode se curvar à tese preservacionista por causa da vocação mineral do estado.

“Temos que parar com esse discurso político, demagógico de que temos que preservar o meio ambiente e por isso não podemos explorar as nossas riquezas. Tem que haver exploração sim, lembrando que o Amapá é eminentemente minerário. Não podemos nos curvar a xiitas ambientalistas que na realidade só entendem mesma da samambaia que eles têm casa e desconhecem totalmente a nossa realidade. Essa exploração, claro, tem que ser feita de forma responsável, com as devidas compensações, como por exemplo a criação de um imposto mineral verde”, sugeriu.

Para Bruno Cei, a criação da Reserva Mineral do Cobre e Associadas (Renca) foi uma medida “patriótica” do então presidente João Figueiredo em 1984 para proteger a grande quantidade e diversidade de minérios ali existente, numa época em que a realidade era completamente diferente da que vivenciamos atualmente, mas entende que, posteriormente, foram sendo impostas legislações ambientais prejudiciais para a economia do estado, que precisam ser combatidas para que o Amapá possa lançar mãos dos seus recursos minerais para se desenvolver:

– O meu entendimento é que a Renca, criada em 1984 pelo então presidente Figueiredo numa época em que literalmente prevalecia o verde oliva, o patriotismo arraigado, tinha como objetivo proteger as riquezas minerais da cobiça estrangeira, mas com o tempo foram colocando situações, legislações que prejudicam o Amapá, como a criação da Reserva Parque das Montanhas do Tumucuma, áreas indígenas e outras reservas ambientais; que os ecologistas me perdoem, mas não possa aceitar que xiitas venham ao Amapá dizer o que a gente deve fazer, quando eles próprios não deram o bom exemplo, pois destruíram o meio ambiente deles; e nós não queremos destruir, só queremos ter o direito de explorar as nossas próprias riquezas. O que a gente ganha com a preservação? Nossa juventude saindo das escolas técnicas, dos cursos superiores e vão trabalhar em que? – Indaga.

Para o especialista, a exploração é viável sim, desde que sejam tomadas precauções para que erros do passado não voltem a ocorrer: “A Zamin deixou muitos empregados sem receber, várias empresas quebraram porque não receberam pagamento, deixando um rastro de destruição e miséria, isso é verdade, e esse modelo não se pode mais conceber no estado. A exploração dessa área vai ocorrer, cedo ou tarde, mas é claro, tem que ser feita de forma diversa do modelo da Zamin, que na realidade entrou no Amapá com aceitação das pessoas que poderia negar ou não sua entrada, mas não fizeram isso, apesar do histórico sombrio da empresa. Tem que ser adotado um modelo sério, responsável, honesto e livre da corrupção. Para isso é necessário que elejamos governantes e parlamentares sérios, competentes e honestos, identificados com a população e comprometidos com a solução dos problemas nacionais e locais”.


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