Cidades

Greve nos Correios prejudica entrega, mas agências estão funcionando em Macapá

Como a paralisação teve a adesão de todas as unidades da Federação, fluxo de correspondências entre os estados fica inviabilizada


A greve dos funcionários dos Correios entre hoje em seu 8º dia e já começa a prejudicar a quase totalidade das entregas de correspondências e encomendas por causa da interrupção do fluxo entre os estados. Mas a situação pode agravar ainda mais, porque ainda não há qualquer sinalização de tentativa de acordo entre a Federação que congrega os sindicatos da categoria e a direção nacional da empresa. O líder sindical Richardson Rodrigues afirmou na manhã desta quinta-feira (28) no programa LuizMeloEntrevista(DiárioFM 90.9) que, embora precário, cerca de 40% dos servidores estão atendimento nas agências.
“Nós estamos aguardando a empresa chamar a nossa Federação para negociar um acordo, mas até agora não há qualquer sinalização nesse sentido, indicando que a greve ainda vai se arrastar por bastante tempo. Com a adesão de todas as unidades da Federação a paralisação está compacta, o que já está afetando o fluxo entre os estados. De qualquer maneira os atendimentos estão sendo feitos nas agências porque 40% dos funcionários continuam trabalhando”, explicou.
Lembrado que atualmente os serviços dos Correios reduziram drasticamente por causa da internet, Richardson retrucou: “A correspondência digital é uma realidade, mas logicamente não abarca todos os serviços; a compra pode ser feita pela internet, mas a entrega tem que ser física, através dos Correios, por isso se trata de uma atividade imprescindível que precisa ser respeitada e valorizada”.
Além da reposição de perdas salarial, os servidores protestam contra a possibilidade de privatização dos Correios: “O presidente dos Correios está precarizando os serviços para viabilizar a privatização, com o que não concordamos; no Amapá duas agências já foram fechadas e houve redução muito grande no número de funcionários, principalmente com o PDV (Programa de Demissão Voluntária) exatamente porque os salários não são atrativos, e contamos atualmente apenas com cerca de 300 servidores para atender a todos os 16 municípios amapaenses”, reclamou.

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