Cidades

Advogado rechaça nota da associação do MP taxando-a de “açodada e falaciosa”

Marcelo Lisbôa afirma que a nota trata de forma unilateral o desentendimento entre ele e o promotor Anderson Batista de Souza durante sessão do tribunal do júri em Santana e elogia o posicionamento da OAB, que na visão dele se manifestou de forma “inteligente e sábia”


Ao rebater a nota pública emitida pela Associação dos Membros do Ministério Público do Estado do Amapá (Ampeap) sobre o incidente ocorrido no Fórum de Santana na última terça-feira (26), durante a sessão do tribunal do júri, que foi suspenso pelo juiz presidente por conta de um embate acirrado havido entre o advogado Marcelo Lisbôa e o promotor Anderson Batista de Souza, o advogado afirmou neste sábado no programa Togas&Becas(DiárioFM 90,9) que a Ampeap foi “açodada e falaciosa” em suas declarações por ter tratado o caso de forma unilateral, isto é, apenas com base nas informações prestadas pelo promotor. Ele disse que na realidade o promotor violou as suas prerrogativas profissionais e o ofendeu moral e eticamente.

Na nota, o presidente da Ampeap José Cantuária Barreto diz que a associação presta “apoio total irrestrito” ao promotor “em função da ameaça proferida pelo advogado Marcelo Lisbôa Assunção” no plenário do tribunal, aduzindo que no transcorrer debates o promotor, fazendo uso da palavra foi interrompido pelo advogado e, instado a se calar, teria passado “a esmurrar a mesa e a ameaçar fisicamente o promotor, chamando-o para o confronto físico”, ressaltando que o advogado foi contido por três policiais militares, mas teria continuado a proferir ameaças.

A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se manifestou através de nota oficial assinada por seu presidente, advogado Paulo Campello, ressaltando a necessidade de haver “tratamento urbano e isonômico entre advogados, promotores de justiça e magistrados com o devido respeito às prerrogativas profissionais” e afirmou que a instituição vai acompanhar apuração dos fatos, cujo teor foi elogiado por Marcelo Lisbôa, que criticou a nota da Ampeap: “Essa nota da OAB é moral, ética, porque não destoa o fato como fez a associação dos promotores, que teve apenas o condão de desvirtuar os fatos e tentar acobertar erros conduta do promotor, que foi equivocada; por isso não apenas a conduta de sua excelência, o promotor, como também essa nota será levada à apreciação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em virtude do cometimento de crime contra a honra da nossa pessoa. Na nota a Ampeap diz que eu fui contido pelos policiais militares presentes no plenário, mas isso não ocorreu, não houve qualquer contato físicp entre ninguém, nem PM, nem promotor, nem advogado. Deixo bem claro que essa nota não é do Ministério Público, mas subscrita pelo presidente da Associação dos Membros do Ministério Público, e tenho certeza que não foi deliberada pelos membros da associação. É uma nota açodada, ofensiva, divorciada da realidade e, por isso, ao final também será objeto de apreciação judicial”.


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