Cidades

Garimpeiros se mobilizam, fecham a BR-156 e fazem marcha pela legalização da atividade

Ação ocorre após operação da Polícia Federal que interditou um garimpo no município. Eles anunciam paralisação da exploração clandestina e pedem providências do governo para que mais de 5 mil profissionais possam exercer a atividade de forma legal na região.


Uma equipe do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) comandada pelo radialista Martins Filho acompanhou na manhã desta segunda-feira (02) um grande movimento que está sendo coordenado por várias entidades garimpeiras no município de Tartarugalzinho. Ostentando faixas e cartazes, mais de 500 pessoas já participavam do protesto. Eles fecharam a BR-156 com pneus e toras de madeiras e anunciaram a paralisação da exploração clandestina e pedem providências do governo para que mais de 2 mil profissionais possam exercer a atividade de forma legal.
 
Entrevistado ao vivo por telefone, o presidente da Federação das Cooperativas de Garimpo do Amapá, Airton Azul Soares, afirmo que a manifestação não é resposta ou enfrentamento à operação da Polícia Federal (PF) que na última sexta-feira (27) fechou um garimpo no município, mas sim um pedido de socorro para que as autoridades viabilizem a legalização da exploração mineral na região.
“De maneira alguma se trata de represália, porque este nosso evento já estava programado há dias, inclusive na última quinta-feira fizemos um bloqueio rápido da rodovia aqui neste mesmo local, mas foi tudo muito rápido, uma espécie de preparação para as ações que estamos desenvolvendo hoje. O nosso objetivo é chamar a atenção das autoridades para que a exploração mineral seja legalizada, que o governo resolva logo esse problema que já se arrasta há muito, porque além de precisarmos trabalhar, a legalização da atividade permite o pagamento de impostos”, relatou.
Segundo Azul, há necessidade de adesão de todos os setores produtivos e da sociedade civil organizada ou não para que a exploração mineral seja legalizada: “Queremos chamar as prefeituras, os vereadores, a nossa bancada federal e os órgãos federais e estaduais para discutirmos a questão. Nós estamos pedindo o óbvio, que é legalizar os serviços; a ilegalidade fomenta o crime, a bandidagem e não queremos dar mau exemplo continuando na ilegalidade; nossa luta é paralisar tudo e criar um novo caminho junto aos governos federal, estadual e municipal”.
O líder sindical revelou que só em Tartarugalzinho há mais de 1 mil garimpeiros, mas prometeu agregar ao movimento todos os profissionais que atuam naquela região, que chegam, segundo levantamentos, a cerca de 5 mil pessoas: “Estamos iniciando o nosso movimento com os garimpeiros de Tartarugalzinho, que são mais de 1 mil, mas nossa marcha seguirá para os municípios de Pedra Branca, Porto Grande e Laranjal do Jarí. Nossa categoria está unidade, e agora acreditamos que as autoridades têm que se apressar para encontrarem uma solução para nos legalizarmos e podermos contribuir com o pagamento de impostos para o desenvolvimento do Amapá”.

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