
Os deuses do futebol por vezes pregam peças que nem o mais pessimista poderia prever. Assim foi a partida da noite de anteontem, na Arena Pantanal. O Cuiabá-MT, que precisava vencer o Clube do Remo por três gols de diferença, aplicou uma surpreendente goleada por 5 a 1 no embalado time remista. Com a reação histórica, os donos da casa levantaram a taça de campeões da Copa Verde, título que também garantiu ao Dourado uma vaga na Copa Sul-Americana do próximo ano.
O primeiro tempo foi aterrorizante para as pretensões azulinas. O time do técnico Cacaio entrou em campo sem liderança, vontade e técnica, com um futebol bisonho que logo encontrou no adversário a oportunidade de dominar a partida.
O Dourado, desconhecendo o rival, passou a sufocar por todos os lados, especialmente na esquerda, que virou uma avenida nas costas do lateral Alex Ruan.
De tanto forçar, rapidamente o Cuiabá abriu merecidamente o placar, após o zagueiro Max derrubar Nino Guerreiro na área. Na cobrança de pênalti, Raphael Luz colocou o time na frente: 1 a 0. Aliás, o meia foi o verdadeiro terror da defesa remista.
Foi dele o segundo gol, ao completar cruzamento pela direita da defesa azulina. O massacre só parou nos minutos finais do primeiro tempo, quando uma bola alçada na área foi desviada por Dadá, que fez contra, ampliando o massacre para 3 a 0.
No retorno à etapa final, o que já era anunciado, foi literalmente imposto, quando novamente Raphael Luz foi derrubado por Fabiano e um novo pênalti foi marcado. Na cobrança, o próprio meio-campista fez o seu terceiro gol na partida e ampliou a surra para 4 a 0.
Sem alternativas, Cacaio colocou dois atacantes, Silvio e Val Barreto, nos lugares de Ratinho e Ameixa, respectivamente. Assim, o time até teve uma sobrevida, mas pouco se comparada à necessidade àquela altura.
Com Val Barreto, o time ainda ganhou uma esperança depois que ele completou cruzamento de Levy pondo fogo na partida, que teve quatro jogadores expulsos – três do Remo e um do Cuiabá. O resultado em 4 a 1 levava a decisão para os pênaltis, mas Kaique, na grande área, ajeitou de calcanhar para Felipe Blau, que cruzou para Nino Guerreiro fechar o caixão remista.
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