Esportes

Atletas mirins de Jiu-Jitsu trazem para o Amapá medalhas de ouro em competição internacional

Open de Jiu-Jitsu foi disputado neste fim de semana em Belém (PA). Sem patrocínios fortes, irmãs Mayara Melo (13 anos) e Evelyn Melo (11 anos) tiveram que viajar de navio e conseguiram alimentação a bordo e hospedagem de uma passageira após Evelyn tocar flauta durante a viagem.


Estudantes da Escola Predicanda Lopes, em Macapá, as atletas mirins Mayara Melo (13 anos) e Evelyn Melo (11 anos) foram campeãs em suas categorias (Infanto-Juvenil A e Infanto-Juvenil B, respectivamente) no Open Internacional de Jiu-Jitsu que foi disputado neste fim de semana em Belém (PA). Sem patrocínios fortes, as irmãs tiveram que viajar de navio e conseguiram alimentação a bordo e hospedagem graças à generosidade de uma passageira, após Evelyn, exímia tocadora de flauta, executar várias músicas durante a viagem.

Três dias antes de irem a Belém, a mãe das atletas, Maria Melo, concedeu entrevista exclusiva ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) e na ocasião lamentou a falta de patrocínio oficial e mesmo da iniciativa privada, destacando que os únicos apoios recebidos foi da comunidade escolar da Escola Predicanda Lopes e da empresa Equinócio Rádio Táxi. Na manhã desta segunda-feira uma equipe de reportagem do programa foi até Escola, onde a direção, professores, funcionários administrativos e alunos comemoraram os feitos da dupla.


Dona Maria Melo não escondeu a emoção: “Um fato curioso é que estávamos com muito pouco dinheiro para nos mantermos em Belém, e tivemos que ir de navio. Em dado momento Evelyn começou a tocar flauta, o que emocionou todas as pessoas que estavam a bordo; e foi realmente muito emocionante. Como recompensa, nós ganhamos lanche, jantar e até hospedagem em Belém graças à generosidade uma senhora de coração bom que estava a bordo e nos acolheu”. A bancada do programa também se emocionou quando Evelyn, a pedido da reportagem, mostrou ao vivo o seu talento na flauta, executando duas músicas, uma das quais Asa Branca, de Luiz Gonzaga.

– Essas duas meninas merecem capa de jornal, de revista. São duas crianças de família pobre, eu diria até paupérrimas, que andaram de Pôncio a Pilatos atrás de passagens para participarem de um evento internacional, saíram atrás de órgãos do Poder Público e ninguém ajudou, e acabaram conquistando essas medalhas de ouro que devem ser reconhecidas e valorizadas por todos. Que o exemplo da Equinócio Rádio Táxi seja seguido por todos.

Ouvida pela reportagem, Mayara se disse “gratificada” pela conquista e confessou que seu sonho é participar das próximas Olimpíadas: “Foi uma competição muito difícil, e nós estamos gratificadas, porque na final pegamos adversárias muito fortes, mas prevaleceu a nossa técnica e a nossa persistência. Vamos prosseguir essa luta pensando nas Olimpíadas, que é o nosso maior objetivo. Quem acreditar na gente e quiser patrocinar, e desde já fazemos um apelo às Mineradoras, às pequenas e grandes empresas e ao Poder público, venha abraçar esse projeto. Os contatos podem ser feitos com a nossa mãe, através do telefone (96) 99156-3862”.


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