Política

Empresário alvo da Operação Senhores da Fome se apresenta à Polícia Federal

Daciel chegou acompanhado do advogado Auriney Brito, prestou depoimento e ficará preso na própria superintendência da PF aguardando os desdobramentos da investigação, do crime, que lhe é imputado. Contra ele e outros três empresários foi decretada prisão temporária de cinco dias.


Paulo Silva
Da editoria de política

O empresário Daciel Cunha Alves, um dos alvos da Operação Senhores da Fome, deflagrada na manhã de terça-feira (31/10) pela Polícia Federal, com a participação do Ministério Público Federal, Ministério Público do Amapá, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União, para investigar o desvio de recursos destinados à merenda escolar no Amapá.

Daciel chegou acompanhado do advogado Auriney Brito, prestou depoimento e ficará preso na própria superintendência da PF aguardando os desdobramentos da investigação, do crime, que lhe é imputado. Contra ele e outros três empresários foi decretada prisão temporária de cinco dias.

O advogado Auriney Brito disse que o empresário não tem nada a esconder, está à disposição para colaborar com as investigações e não estava foragido. “Meu cliente não estava foragido, estava no interior cuidando de assuntos profissionais. Foi apresentado agora e não tem nada a esconder. Está muito tranquilo e disposto a falar a verdade para ajudar a Polícia Federal a esclarecer os fatos”, declarou Brito.

A operação Senhores da Fome cumpriu quatro mandados de prisão temporária, sete mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão em Macapá. Cerca de 100 policiais federais participaram da ação.

A operação investiga a atuação de empresários, diretores de escolas e servidores da Secretaria de Educação do estado do Amapá no desvio de aproximadamente R$ 2 milhões, destinados à merenda escolar de vários municípios. Com o desvio, pelo menos 52 escolas da capital amapaense ficaram sem os alimentos da agricultura familiar.

De acordo com as investigações, no início de 2016, vários diretores assinaram o termo de recebimento dos alimentos sem, entretanto, recebê-los. Algumas dessas entregas teriam sido feitas, inclusive, no período de férias escolares. Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, associação criminosa e falsidade ideológica.


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