Cidades

Notificados a saírem da Beira Rio, batateiros fecham a avenida FAB

Com prazo de 24 horas para deixarem a Orla de Macapá, ambulantes reclamam da não disponibilização de outro local para comercializarem os seus produtos. Prefeitura diz que segue Recomendação do Ministério Público e que o reordenamento dos passeios públicos é prioridade da gestão.


Notificados pela Prefeitura de Macapá a se retirarem dos seus pontos de vendas em 24 horas, dezenas de ambulantes (batateiros) da Orla de Macapá fizeram manifestação, nesta quarta-feira, 1, em frente a prefeitura e fecharam a avenida FAB. Segundo eles, não foi disponibilizado outro local para continuarem trabalhando, e a decisão gera grandes prejuízos por se tratar da única atividade econômica que garante o sustento das famílias. A prefeitura esclareceu que segue Recomendação do MP-AP, argumentando, ainda, que o reordenamento dos passeios públicos é prioridade da gestão.

Manifestantes ouvidos, reclamaram a não concessão de prazo razoável para que pudessem negociar com a administração municipal e com o MP outros espaços para continuar trabalhando.


O ambulante Carlos Eduardo, que vende batatas entre a sede da OAB-AP e a Praça do Coco, estava inconformado: “De repente fizeram a gente assinar a notificação dando prazo de 24 horas, dizendo que ali só poderiam ficar quem vende outros produtos, mas os chapeiros, não. O problema é que a gente depende disso, temos nossas famílias; estamos tristes, muito revoltados”, disse Carlos Eduardo.

 Reordenamento – O chefe de fiscalização da Semduh, Saulo Trindade, explicou que o reordenamento dos passeios públicos e a retirada dos batateiros estão sendo feitos em acatamento à Recomendação do Ministério Público, além de ser prioridade da gestão

“A prefeitura está reordenando a cidade, como já foi feito nas praças Veiga Cabral, Floriano Peixoto e Chico Noé; agora chegou a vez da Beira Rio”, justificou o fiscalizador.


Concomitante à retirada dos batateiros, ainda não concluída, a prefeitura agiu no desmonte  de barracos na calçada do Igarapé das Mulheres, que vinham impedindo a mobilidade no local e também servindo de comércio clandestino.


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