Advogado do promotor Moisés Rivaldo diz que ele tinha contrato de arrendamento com a Coogal
A informação foi dada pelo advogado Cícero Bordalo Júnior, que atua na defesa de Moisés, e até agora não conseguiu relaxar a prisão de seu cliente. Ele não descarta a possibilidade de recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). “Meu cliente disse ao delegado que pagou R$700 mi l para a Coogal e deu, a pedido da própria Coogal, R$100 mil ao advogado Agord Pinto.

Paulo Silva
Editoria de Política
O promotor de Justiça aposentado Moisés Rivaldo Pereira, preso pela Polícia Federal no último dia 30 de novembro, durante a deflagração da Operação Minamata, revelou que assinou contrato de arrendamento mercantil em uma das minas do distrito de Lourenço, município de Calçoene, e que se sente eng anado pela Cooperativa de Garimpeiros do Lourenço (Cogal).
A informação foi dada pelo advogado Cícero Bordalo Júnior, que atua na defesa de Moisés, e até agora não conseguiu relaxar a prisão de seu cliente. Ele não descarta a possibilidade de recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). “Meu cliente disse ao delegado que pagou R$700 mi l para a Coogal e deu, a pedido da própria Coogal, R$100 mil ao advogado Agord Pinto. No entanto, ele nunca usou a mina pelo fato de a mesma estar com atividade suspensa pelo DNPM. Não houve nada de compra, e sim um contrato de arrentamento que jamais se efetivou”, afirmou Bordalo.
De acordo com o advogado, das 15 acusações iniciais contra Moisés Rivaldo deve prosperar apenas a de associação criminosa por ele ter se associado à Coogal, que é considerada como uma cooperativa ilegal apesar de, segundo Bordalo, ter autorização do DNPM e do Ministério de Minas e Energia para funciona r.
Ele também comentou a fato de a procuradora da República Adriana Scordamaglia ter dito que a Coogal era uma cooperativa de fachada, que servia apenas para fins espúrios e ilícitos de organização criminosa que atua há muito tempo com as mesmas pessoas, nos mesmos lugares e impunemente. Para Bordalo, se a Coogal funcionava como cooperativa de fachada a culpa era dos órgãos de fiscalização que emitiam as licenças.
“As acusações contra o promotor Moisés não se sustentam. Ele não estava explorando nenhuma mina, não tinha ninguém trabalhando pra ele e nunca extraiu um grama de ouro sequer. Seu único erro pode ter sido o de se associar à Coogal”, defendeu Cícero Bordalo Júnior.
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