Ericláudio diz que a Defenap e a PGE foram criadas para beneficiar apenas duas pessoas
Segundo o secretário de Segurança Pública, que foi um dos primeiros defensores públicos do Amapá, personalismo da legislação impediu a realização de concurso público por mais de três décadas.

Entrevistado neste sábado no programa Togas&Becas(DiárioFM 90,9) apresentado pelo advogado Helder Carneiro, que tem na bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Motta, o titular da secretaria de estado de Segurança Pública (Sejusp) Ericlaudio Alencar, afirmou que a lei que criou a Defensoria Pública (Defenap) foi direcionada para beneficiar apenas duas pessoas, mas não citou nomes. Segundo ele, por causa desse personalismo da legislação a Defenap ficou impossibilitada de realizar concurso público por quase três décadas.
“Quero aproveitar a oportunidade para fazer uma reminiscência e prarabenizar a todos que participaram do processo do concurso da Defensoria; eu e o Evaldy (Motta) trabalhamos na Defensoria desde o inicio; infelizmente a Defenap e a PGE (Procuradoria Geral do Estado), sem jogar pedras no passado foram criadas através de leis para beneficiar apenas duas pessoas, por isso o concurso ficou enterrado todo esse tempo, porque as leis, do jeito que foram feitas, não permitiam a realização de concurso; se tivesse feito o concurso lá no inicio, quando estávamos lá, em 1991, quando da criação do estado, não teria problema nenhum, mas infelizmente tiveram esses percalços que todos nos acompanhamos”.
Ericláudio fez um apelo para que os amapaenses estudem para que a Defenap não seja composta em sua maioria por profissionais vindos de outros estados: “Agora por decisão política do governador, que reuniu com todo mundo, com o Tjap (Tribunal de Justiça), o edital do concurso já foi lançado; veio tarde, mas que bom que veio; faço só um alerta aos nossos conterrâneos, alunos, estudantes de direito, que estudem bastante, se dediquem bastante, porque no penúltimo concurso para delegado de polícia, o que me deixou muito triste, não passou sequer um do Amapá. Estamos na segunda fase do concurso para delegado de polícia e em março iniciam as fases do concurso da Defensoria; o concurso é aberto pra todo muito, mas seria muito bom a Defensoria Pública ter um maior número de defensores amapaenses”.
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