Cidades

Furtos de energia elétrica causaram prejuízos de R$ 270 milhões para a CEA em 2017

Operação contra ‘gatos’ é deflagrada com 22 equipes nas ruas em todos os bairros de Macapá. Maiores fraudadores, segundo a companhia, são pessoas de maior poder aquisitivo e comerciantes.


O diretor comercial da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) José Anselmo Lima afirmou na manhã desta quarta-feira (10) no programa LuizMeloEntrevista(DiárioFM 90,9), que furtos de energia elétrica causaram prejuízos de R$ 270 milhões para a Companhia só em 2017, com um total de qual 80 mil unidades consumidores sendo responsáveis pelos chamados ‘gatos’, que estão sendo alvos de uma grande operação deflagrada nesta quarta-feira em todos os bairros de Macapá, envolvendo 22 veículos que atuam de forma ostensiva e preventiva.

“Estamos deflagrando hoje mais uma etapa do projeto de combate ao furto de energia no Amapá, com a integração de mais 22 equipes à parte operacional, que estão agindo exclusivamente no combate ao famoso ‘gato’, que foi responsável pela fuga de faturamento da ordem de R$ 270 milhões só em 2017, significando em torno de 30% de faturamento não realizado. É um prejuízo muito grande, porque esse dinheiro deixou de retornar ao sistema através da melhoria de atendimento e da qualidade da prestação dos serviços. Além do mais perde também a sociedade a partir do momento em que esse valor incidiria em tributos federais, estaduais e municipais que retornaria em serviços à população. É um dano para toda a coletividade, principalmente ao consumidor porque essas perdas são repassadas para os demais consumidores, ocasionado esses aumentos de tarifa, por exemplo, que são inflacionadas também por conta desse processo de fraude; a população tem que denunciar, porque a energia que está sendo furtada quem paga é o consumidor honesto”, pediu.

De acordo com Ancelmo Lima, a qualidade da energia elétrica também é afetada pelos ‘gatos’: “Nosso sistema é programado para atender as casas declaradas e na hora em que começam a fraudar, automaticamente ocasiona perturbações, variações e desligamentos, tem todas essas questões; além do mais é preciso alertar que furto de energia é crime, punível com multa e pena de reclusão de até oito anos, além do fraudador ser obrigado a pagar por toda a energia consumida retroativa a três anos”.

Na avaliação do diretor comercial, a maior incidência do furto de energia ocorre nas classes mais abastadas: “A fraude está presente em todas as classes consumidores, mas em especial naqueles consumidores de maior poder aquisitivo, tanto que fazemos fizemos no ano passado e vamos continuar fazendo campanhas nos condomínios, principalmente os de luxo, restaurantes, enfim, junto ao comércio como um todo. É importante ressaltar que ao mesmo tempo que muitas pessoas criticam a prática de atos criminosos por terceiros, acabam também praticando o mesmo crime através do furto de energia, por isso é preciso essas pessoas repensarem e reajustarem o consumo de energia às suas reais necessidades”.


Deixe seu comentário


Publicidade