Política

Revisor acompanha voto do relator e condenação de Lula é mantida pelo TRF4

Desembargador Leandro Paulsen vota pela confirmação da sentença do juiz Sérgio Moro. Ainda falta um voto, mas placar de 2 x 0 consolida a condenação. Falta definir a pena, que até agora é de 12 anos de prisão. Julgamento prossegue em Porto Alegre.


O desembargador Leandro Paulsen, revisor do recurso de apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda está lendo o seu voto, mas já deixou claro que ele acompanha o voto do relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, formando a maioria dos votos da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pela confirmação da sentença do juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR).

Ainda falta Paulsen concluir o voto, mas tudo indica que a condenação de Lula já está consolidada, faltando apenas definir a pena, que ainda não foi definida. A reprimenda imposta pelo relator foi de 12 anos de prisão, dois anos e seis meses a mais da pena imposta por Moro.

O julgamento prossegue em Porto Alegre (RS). A defesa se concentra agora não apenas na conclusão do voto de Paulsen, por conta da fixação da pena, mas também do posicionamento do desembargador Victor Laus, que será o último a votar, haja vista que, se o voto dele for contrário à condenação do ex-presidente, representará um recurso a mais (recursos divergentes) ao próprio Tribunal.

De acordo com juristas consultados pelo Diário do Amapá, se ocorrer o voto divergente de Victor Laus, automaticamente será procrastinado o trâmite do recurso, o que adiaria, via de conseqüência, uma eventual prisão de Lula para cumprimento antecipado da pena, seguindo orientação do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo eles, essa possibilidade existe, porque apesar de ser considerado como “duro”, jargão que designa o juiz rigoroso ao imputar penas, advogados de defesa do ex-presidente têm voltado os olhos para o magistrado catarinense por causa da sua postura ponderada em julgamentos recentes de recursos de decisões do juiz Sergio Moro.


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