Cidades

Diretora da Caesa apresenta lista de grandes devedores para mutirão de conciliação em fevereiro

Dessa forma, dessalta Magaly, a inadimplência com a Caesa é muito alta e sem recursos para investir em melhorias, a companhia mergulha em dificuldades para melhor atender o consumidor.


A diretora comercial e de negócios da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Magaly Xavier, confirmou para os dias 6 e 7 de fevereiro a realização de mais uma rodada de negociações com consumidores inadimplentes proporcionada pela parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos – NUPEMEC.

Magaly Xavier aponta que há uma cultura de não pagamento das contas de água, advinda de uma percepção errônea do consumidor de que a água é um bem que deve ser consumido indiscriminadamente e de graça. “Educação sobre saneamento e sobre o meio ambiente é fundamental para que as pessoas compreendam o custo benefício da água tratada”, defende.

Segundo ela, a falta de uma agência reguladora para atuar sobre o abastecimento de água e serviços de esgoto limita as ações da Caesa. “Ao contrário da Caesa, a Cea possui uma agência reguladora e isso impõe determinadas ações e exigências, por meio de leis e normas que facilitam a atuação da área de energia sobre seu funcionamento”, afirmou.

Dessa forma, dessalta Magaly, a inadimplência com a Caesa é muito alta e sem recursos para investir em melhorias, a companhia mergulha em dificuldades para melhor atender o consumidor. Em busca de solução para esse gargalo, a parceria com o tribunal busca conciliar as dívidas, sobretudo as de grande monta, por meio de negociações que resultem em quitação, ainda que parcelada, dessas dívidas.

“Existem débitos acima de R$ 400 mil, de empresas como hotéis. Mas, para possibilitar essa negociação, foi preciso atualizar o cadastro da Caesa, porque essas dívidas são bem antigas. No ano passado, de 300 devedores que havíamos relacionado, conseguimos localizar fisicamente apenas 50. Agora, com o cadastro sendo atualizado, temos a expectativa de aumentar os bons resultados dessas negociações”, disse a diretora. Dos 50 levados à Conciliação em 2017, apenas sete não aceitaram negociar, e a Caesa teve que ajuizar ação.

Outro aspecto ressaltado pela diretora Magaly Xavier, é a política de capacitação que o NUPEMEC desenvolve junto aos servidores da companhia, que passam a ser protagonistas da conciliação, inclusive com a implantação, em 2018, de um Cejusc dentro das dependências da companhia.

Segundo Pedro Paulo Conceição, responsável pelo Centro Judiciário de Tratamento de Conflitos localizado na Zona Norte de Macapá, a ação de fevereiro já tem mais de 150 grandes devedores acionados para participarem da rodada de negociações. No entanto, ressalta que o mutirão de fevereiro pode e deve atender também pessoas com dívidas menores e queiram buscar a via da negociação.


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