Amapá adere à paralisação nacional contra a aprovação da reforma da previdência
Programado para o próximo dia 19, movimento terá participação de várias categorias de servidores públicos, movimentos sociais e setores da iniciativa privada.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Genival Cruz e o diretor de Formação Política e Sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinsepeap) , Gian Franco, anunciaram na manhã desta sexta-feira (09) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) a adesão do Amapá à paralisação nacional contra a aprovação da reforma da previdência, que ocorrerá no próximo dia 19. De acordo com eles, participarão do movimento várias categorias de servidores públicos, movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicatos e vários setores da iniciativa privada.
“Vamos parar todo o país no dia 19 fevereiro, que será o dia de lutas e paralisações contra a aprovação da reforma trabalhista e em protesto pela aprovação da reforma trabalhista, que os movimentos sociais e os trabalhadores são contrários por todo o seu conjunto, a obra toda, porque não se aproveita nada, completamente prejudicial a toda a população, mas posso destacar alguns pontos mais impactantes, como o aumento da idade mínima para aposentadoria que sai de 60 anos para 65 anos para os homens e de 55 para 62 anos as mulheres de 55, com o tempo de contribuição para os homens saltando de 35 para 40 anos e para as mulheres de 30 para 40 anos, sendo ainda mais prejudicial para a mulher. Mas os prejuízos não se restringem só a isso, porque também afeta pensão por morte, o auxilio garantido aos trabalhadores que se acidentam, enfim, atacam de forma criminosa os trabalhadores porque dificultam cada vez mais o acesso aos direitos da previdência social”, justificou Genival Cruz.
Ainda de acordo com o sindicalista, na tentativa de aprovar a reforma da previdência o governo mudou o discurso, e agora prega que a reforma é necessária para combater privilégios: “Pra ter ideia do absurdo, o Senado fez uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da previdência e constatou que não tem déficit nenhum, jogando por terra esse argumento do governo. O discurso acabou. Agora a conversa é que a reforma precisa ser feita para combater privilégios. Ora, pra combater privilegio o presidente Michel Temer deveria começar por ele, porque ele se aposentou com 55 anos e recebe salário de 45 mil reais da Previdência Social, enquanto o trabalhador simples recebe apenas 954 reais por mês. Pelo contrário, ele insiste em aprovar essa reforma, e para isso está liberando 30 bilhões de reais para a bancada do governo votar a favor da reforma. E quero aproveitar a oportunidade para alertar os deputados federais e os senadores do Amapá para que não votem a favor, que rejeitem essa reforma de maneira geral”.
Gian Franco reforçou os argumentos de Genival Cruz: “O presidente Temer quer condenar o trabalhador aumentando o teto da contribuição, impondo 40 anos de contribuição, sem contar idade mínima de 62 anos para a mulher e 65 anos para o homem, o que é um absurdo, considerando a perspectiva de vida que tem principalmente nas regiões Norte e Nordeste, significando dizer que para se aposentar terá que trabalhar até morrer. O país está sofrendo porque falta vacina para a febre amarela, que poderia ser comprada para combater a doença com os 30 bilhões que o presidente Temer está distribuindo para a sua base votar a favor da reforma, o que é condenável. Por tudo isso é que vamos parar o país no próximo dia 19”.
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