José Sarney

DOUTOR PAPALÉO


Recebi a notícia da morte do doutor Papaléo, como o povo e o Estado inteiro sempre o conheceu, com profunda comoção. Tinha por ele, além de uma grande amizade, uma excepcional admiração pelas suas qualidades de honestidade, simplicidade, correção e grande espírito cívico. Perdeu o Amapá um dos seus melhores homens públicos, de uma conduta impecável, de uma vida exemplar, modelo de cidadão, de chefe de família e de dedicação ao seu Estado. Passou pelo Senado, onde deixou um nome notável, uma marca de seriedade, de trabalho, de correção e dedicação ao trabalho parlamentar.

Foi cada vez mais conquistando minha admiração pela lealdade com que sempre se conduziu comigo, pela solidariedade que sempre me deu naquela Casa, onde gozava do respeito de todos os senadores, independente de partido e apenas pelo reconhecimento de suas qualidades morais. Até hoje é ali lembrado como um dos grandes senadores que por ali passaram.

Conheci Doutor Papaléo quando cheguei ao Amapá, em 1990, e ele era candidato a Governador pelo Prona, do famoso Enéas e logo passou a participar dos meus atos de campanha, de uma maneira espontânea, apenas por solidariedade ao meu nome e à biografia com que aqui cheguei, colocando-a a serviço do Amapá.

A partir daí criamos uma amizade sólida, afeição e estima que não me abandonará.

Quero associar-me e participar da maneira mais estreita a sua família, Dra. Josélia e suas filhas, que criou com tanto desvelo e que herdaram suas qualidades, neste momento de sofrimento. Calculo a profunda dor que estão sentindo e a falta que vai fazer, não somente aos seus familiares, mas ao Estado e ao País com seu desparecimento.

Eu, Marly, Roseana, Sarney Filho e Fernando nos juntamos a todos os seus amigos e ao povo do Amapá pela grande perda. Doutor Papaléo, já na eternidade, faz parte da História política do nosso Estado, e quero colocar minhas lágrimas em sua memória.