Ulisses Laurindo

Brasil longe da décima colocação


É cedo para se analisar o comportamento dos atletas brasileiros nos atuais Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas de uma realidade não se vai fugir do que aconteceu em disputas anteriores, quando o país com potencial de primeira se coloca como coadjuvante, vendo potências menores se conduzirem em situação melhor do que o Brasil.Foi com heroísmo que o governo brasileiro se colocou à frente de um evento de caráter mundial, sem, primeiro ter avaliado suas reais condições.

Não queremos comentar a parte política, porque ela está fora do esporte autêntico. O que é preciso frisar foi o quanto de despreparo que os dirigentes encararam a preparação das equipes nacionais para se medir em grande confronto. Algumas modalidades naturalmente não necessitam de melhor arrumação, porque vive em constante desenvolvimento, estando nesse caso o futebol, o voleibol o judô, que tem suas bases organizadas para grandes eventos.

Algumas áreas foram relegadas a planos secundários como, por exemplo, a vela que já deu grande número de medalhas ao país. É o caso do iatista Robert Scheitd, bicampeão olímpico da Classe Laser. O tratamento que deveria ser dado ao campeão deveria ter sido do mais alto grau e o resultado é que a medalha que seria quase certa, agora está na dependência de não vir, pois as colocações não são boa.

O atletismo grande atração dos Jogos nunca recebeu o apoio devido e seus atletas são produtos de esforços pessoais que tem um limite para avançar, porque os adversários têm estrutura na vida de atleta. A prova disso é a apagada presença nos principais eventos do esporte no mundo inteiro, culminando com Jogos Olímpicos, competição que o Brasil tem apenas quatro medalhas de ouro em sua história de 96 anos Duas delas pertencem a Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, uma de Joaquim Cruz, nos 800 metros e a outra de Maurren Maggi, na distância. Através do atletismo é que se avalia o grau de desenvolvimento do esporte de um país, pois a partir do esporte base é que se forma todos os demais.

E o gosto pelo esporte e sua vocação estão presentes nos jovens brasileiros cuja vocação é grande. Repito que é cedo para um diagnostico do esporte brasileiro nesses Jogos, mas de antemão já se pode concluir que não será dos melhores, pois em disputa no oitavo dia de disputa, apenas três medalhas foram conquistas, de ouro, prata e bronze. Está claro que esporte é o maior passaporte para o progresso.