Ulisses Laurindo

O herói do salto com vara


Thiago Braz, um jovem de 22 anos é novo herói do atletismo brasileiro com seu espetacular recorde olímpico, no salto com vara, com o índice de seis metros e três centímetros. O atletismo estava precisando resultado como esse já conquistado por Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz e Mauren Maggi. Como os medalhistas anteriores, Braz também é produto de sua própria iniciativa de se tornar campeão. É um exemplo de que o atletismo brasileiro pode produzir muitos campeões.

Ao contrário, quem teve má sorte foi a Muerer, antes apontada como provável medalhista. Não foi feliz e nem se classificou, alegando problemas físicos, decorrentes da lesão da hérnia de disco que a afastou dos treinamentos durante alguns meses. Recordista sul-americano, Muerer anunciou aposentadoria das pistas.

O futebol feminino levava muito fé na medalha de ouro e, por isso, confiou demais e acabou caindo para a Suécia, nos pênaltis, na semifinal, ontem, no Maracanã. Depois do placar de 5 a 1, aplicado na mesma seleção durante os jogos classificatórios, o treinador Vadão e a turma comandada por Martha, jamais poderia imaginar qualquer tropeço diante de um adversário moralmente abatido. Mas guerra é guerra. Diante da inferioridade no jogo anterior, o treinador sueco comandou uma terrível retranca, objetivando a prorrogação e, finalmente, as penalidades. E não deu outra. A seleção brasileira, sem inspiração, acabou envolvida pelo adversário e não saiu do empate, perdendo nas penalidades. Agora a chance das brasileiras é esperar o resultado de Nigéria e Alemanha para tentar a medalha de bronze, retrocesso a disputas anteriores, quando conquistaram duas vezes a prata.

Não se deve misturar alegria com tristeza. Mas é dever anunciar a morte de João Havelange, ex-presidente da Fifa, ontem, no Rio de Janeiro, com 100 anos de idade. JH foi o responsável pela a expansão do futebol pelo mundo inteiro, principalmente no continente africano. Injustiçado no final de sua vida, João Havelange deixou grande legado ao esporte em geral.

O vasto programa horário olímpico obriga a sérias incoerências, como, por exemplo, fazer uma final dos 100 metros rasos masculino com intervalo de apenas uma hora em relação à semi. Foi o que aconteceu na vitória de Usain Bolt. No Engenhão. Ele protestou e os dirigentes corrigiram em relação aos 200 metros, com diferença de horário bem maior, ou seja, eliminatórias num dia, e finais noutro. O esforço de uma prova, sem recuperação pode provocar distensão muscular

Como sempre os Estados Unidos comandam a conquista de medalhas. Já tem 28 e até domingo, no final dos Jogos esse número será aumentado. O Brasil te esperança em aumentar o número de duas – Rafaela Silva e Thiago Braz – e esperar novos pódios mais altos.