Ulisses Laurindo

Seleção feminina disputa semi


Aparentemente, a partida semifinal que a seleção brasileira feminina de futebol fará esta tarde, no Maracanã, hoje, a partir das 13 horas, contra a Suécia, pode parecer muito fácil, porque, na fase de classificação, o Brasil aplicou o elástico de 5 a 0, além de se manter invicta na competição. Hoje, também. em Belo Horizonte, no Mineirão, a Alemanha enfrenta o Canadá, para apontar a outra seleção para a grande final, no Maracanã.

A jogadora Marta, líder da seleção brasileira alertou às colegas de que a vitória de cinco gols sobre as suecas pode não ser parâmetro para a partida desta tarde, considerando a posição de vanguarda da seleção européia. A decisão masculina começa a ser definida também amanhã, quarta-feira, com os jogos Brasil e Honduras, às 13 horas, e Alemanha e Nigéria, às 16 horas, ambas no Maracanã.

A expectativa que cercava o atletismo na disputa destes Jogos no Rio Janeiro não era muito bem esperada, primeiro pela ausência dos atletas russos, que sempre rivalizaram com os norte-americanos. Mas isso não está acontecendo e o atletismo está enchendo de público o Engenhão e, melhor, oferecendo bons resultados e até recordes mundiais, em três provas. O primeiro foi da atleta etíope Almaz Avana, nos 10 mil metros, estabelecendo a nova marca de 29m17s,45; o segundo, foi o jovem atleta de 26 anos, da África do Sul, que detonou o tempo de Michael Jonhson, de 43s19, correndo agora para 43s08, numa das mais perfeitas corridas da distância, pela elegância e técnica.Por fim, outra marca foi quebrada, agora por intermédio da polonesa Anita Wlodarczyk, no lançamento do martelo de quatro quilos, na distancia de 82,29cm.

Para o atletismo brasileiro, que no quarto dia da disputa não conseguiu sequer colocar um representante entre os finalistas poderá a partir de agora medir a distancia que o separa dos centros mais adiantados desse esporte. A única esperança de medalhas, nos 47 eventos, é atribuída à saltadora Fabiana Muerer, que poderá figurar entre as três melhores no salto com vara, tendo, porém, que desbancar adversárias dos Estados Unidos e Cuba.

Outro temor que acompanhava o atletismo era a ausência de público. Pelo contrário, no domingo, dia da prova de Usain Bolt, o Engenhão está simplesmente lotado, para alegria de todos que militam no atletismo.

A medalha de ouro de Arthur Zanetti, muito esperada por todos, acabou não acontecendo. Entende-se que o espaço de quatro anos pode ser prejudicial à forma física de um campeão, principalmente quando tem 26 anos. Seu título olímpico foi conquistado em 2012, em Londres e período que possibilitou o aparecimento de novos valores.