Wellington Silva

A CPI da Pandemia e as vidas perdidas…


Muitas famílias Brasil afora já não tem lágrimas para chorar com tantas perdas de vidas humanas, filhos, pais, irmãos, parentes, vizinhos e velhos amigos…

São vivências e convivências que se foram das nossas vidas, pessoas tão queridas, histórias por muitos contadas em meio a tanta dor e sofrimento…

A pandemia, a Era das Máscaras, marcará para sempre as nossas vidas, e nunca mais seremos os mesmos!

Mas, a grande pergunta que muitos se fazem ultimamente é:

No Brasil, muitas vidas certamente poderiam ser salvas se as medidas protocolares de higiene sanitária e de vacinas tivessem sido urgentemente e emergencialmente providenciadas e antecipadas, em todo o território nacional, a contar e mais tardar a partir de novembro ou dezembro, final do ano de 2020?

Quem responde é o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em seu depoimento à CPI da Pandemia, no Senado Federal:

“Se o Brasil tivesse comprado vacinas contra a Covid-19 em agosto, não haveria uma segunda onda. Agora, como cidadão, eu posso, sim, criticar, porque eu não vi, mesmo após eu ter saído, mesmo após eu ter visto negar uso de máscara, negar uso de higiene das mãos, negar compra de vacina, negar a questão da testagem, uma série de negações, negações, negações… Eu, como cidadão, hoje, 410 mil vidas me separam do presidente.”

Segundo o ex-ministro, o Brasil não fez nenhum lockdown e apenas tomou algumas medidas “depois do leite derramado”, isso dito por ele mesmo!

Mandetta enfatizou que o país sempre esteve muito atrás em relação a outros países assim como passos atrás do vírus.

Já Nelson Teich, sucessor de Mandetta no ministério da Saúde, declarou que pediu demissão por divergir com Bolsonaro com relação ao uso nada recomendável da cloroquina, isso logo após a Organização Mundial da Saúde decidir que o medicamento não deveria jamais ser utilizado no tratamento da covid-19. O ex-ministro falou também da falta de autonomia que não lhe fora dada para tecnicamente bem conduzir a pasta. Teich acusou o presidente de ignorar diversos alertas científicos com o seu “tradicional” negacionismo.

Durante este espaço de tempo, entre abusos e absurdos, negacionismos e negacionistas, vidas humanas se foram deixando só saudade e solidão…

Quantas vidas não poderiam ser salvas?