Wellington Silva

De que nos vale o Parque do Tumucumaque?


De que nos vale o Parque do Tumucumaque? Que retorno social, econômico e científico ele proporcionou ao Estado do Amapá desde que fora criado no dia 22 de agosto de 2002?

Eis uma pergunta que até hoje não só eu como muitos indagam, conhecedores que somos de tantos “bastidores” da história da nossa terra.

Atualmente administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o maior do Brasil e o maior em florestas tropicais do mundo, abrange uma área de 38.874 quilômetros quadrados. São nada mais e nada menos que 8,78 milhões de acres, algo um pouco menor que a Suíça. Sua área territorial é tão grande que compreende os municípios de Almeirim (PA), Amapá, Calçoene, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Pracuúba e Serra do Navio. Pra se ter uma ideia do grau de ocupação territorial em nosso estado, no município de Laranjal do Jari o Parque ocupa uma área de 182 km, no município de Calçoene 85, Pedra Branca do Amapari 65 km, Serra do Navio 52 km e Oiapoque 45 km.

Em que isso implica?

Implica substancialmente no impedimento ou engessamento da atividade econômica desses municípios uma vez que a teoria “legal” do preservacionismo impede a implantação e desenvolvimento de projetos econômicos em áreas preservadas.

A teoria da preservação é a teoria da intocabilidade, mesmo que tal teoria submeta uma comunidade inteira à submissão, ao atraso, isolamento ou miséria.

Para separar o joio do trigo, o desafio do novo governo é justamente fazer um pente fino na atividade de controle dessas imensas áreas de preservação ambiental, onde nem o Exército Brasileiro podia entrar.

É possível conservar a Mãe Natureza, racionalmente, associando atividade econômica com conservação ambiental. Conservar é um conceito bem menos radical do que preservar, que se baseia na teoria da intocabilidade.

A fome não espera, assim como a qualidade de vida e o futuro de nossas crianças não pode esperar e muito menos continuar a se submeter a vitrine europeia, cenários de crianças esquálidas e desvalidas.

Novamente pergunto:

De que nos vale o Parque do Tumucumaque?