Wellington Silva

Fernando Canto


 

Não era um dia, como outro qualquer! A cidade amanhecera triste, e as mangueiras choravam. Os periquitos que comiam mangas, em grandes revoadas nas mangueiras, bem próximo de sua casa, se perguntavam:

Onde está o poeta com o seu violão e o seu cantar?

O bairro do Laguinho chorava, e toda a cidade, com o coração apertado, sensivelmente sentira a partida do poeta para a Grande Morada da Poesia. Lá, tudo é rima, música, Luzes e Inspiração Divina …

O Fernando, o Canto de nosso cantar, fisicamente silenciara. Ele estava ali, inerte fisicamente, enquanto nossas palavras, embargadas pela emoção, dos muitos que se pronunciaram, procuravam externar rios de lembranças de sua arte…

No Sagrado Templo da Tiradentes, meu Irmão de fé camarada, Confrade Osvaldo Simões Filho, era pura emoção no ato de sua expressão. Todos estávamos profundamente consternados dentro daquele Sagrado espaço físico…

Enquanto isso, no Andar de Cima, logo na entrada do Portal da Grande Morada dos Justos, com certeza e com cerveja nosso Querido Imortal Fernando Canto deve ter sido muito bem recebido com aquele forte abraço fraternal que nós bem conhecemos, ladeado pelos Confrades Raimundo dos Santos Lopes, Manoel Sobral, Araguarino, Meré, João Lourenço, Damildes, familiares e amigos.

Nosso Grande Decano da Maçonaria, querido e saudoso Confrade Juvenal Canto, com sorriso e braços abertos, deve ter dito ao Fernando:

– Querido Sobrinho, trouxe a minha farofa de piracuí, uma boa cachaça e um violão!

 

Enquanto isso, nós, cá em terra, apenas dizemos:

FERNANDO CANTO,
O canto
Que canta
O nosso cantar
E com sua poesia
Emociona
E por vezes
Pura nostalgia
Nos faz chorar…

(Autor: Wellington Silva  .^.)

 

Viverás para sempre em nossos corações e lembranças Querido Confrade Fernando Canto, até o dia do encontro na Grande Morada dos Poetas, por que, como bem disse a grande crítica de arte, jornalista e escritora Ana Maria Bahiana, ao se referir a grandiosa obra de Bob Dylan e Zé Ramalho:

 

“Por que a alma do poeta busca sempre o infinito…”

Eu digo:

PÁSSAROS

Somos pássaros

Livres a voar

Sobre o azul do céu

A brisa

O sol

E o mar …

(Autor: Wellington Silva  .^.)