Wellington Silva
Lula e Xi Jinping exortam o multilateralismo

Nestes últimos dias o presidente Lula e o presidente da China, Xi Jinping, cada mais vem fazendo campanha em defesa do multilateralismo comercial entre nações, justamente, a óbvia necessidade de cooperação comercial entre países, entre velhos ou potenciais parceiros comerciais, um contraponto inteligente contra o unilateralismo trumpista e sua arrogância isolacionista e supremacista.
Podemos definir a atitude de Donald Trump, contra velhos parceiros comerciais, como uma espécie de ruptura de eras tradicionais de acordos comerciais entre nações amigas, ou simplesmente, quebra de decoro e de ética contra velhos tratados comerciais.
Qual o resultado ou efeito das intempestivas medidas de Trump com esta sua política unilateralista?
Tiros no pé, ou granadas de mão, com efeitos colaterais para todos, principalmente para ele, é o que se vê ultimamente com o desenrolar das semanas.
Creio, sinceramente, que a grande preocupação de Trump reside no simples fato da inevitável união e fortalecimento do BRICS, principalmente quando as nações alvo de sua nefasta política levantam a hipótese de surgimento de uma moeda única, capaz de dar mobilidade capital a uma nova configuração de mercado internacional.
O bom da história é que Lula conversou com Xi Jinping por cerca de uma hora e trataram sobre a nova conjuntura geopolítica, as relações bilaterais, o determinante papel dos fóruns como o do G-20, e evidentemente, do BRICS na defesa do multilateralismo. Os dois grandes líderes se comprometeram em ampliar a cooperação em importantes áreas tais como a de saúde, petróleo, gás, economia digital e satélites.
Informações dão conta de que o governo chinês comprou todo o café brasileiro que seria exportado para os gringos, boa nova que deixou os produtores da área em polvorosa.
De acordo com o presidente Xi Jinping, Brasil e China podem dar um grande salto comercial e ser exemplo de autossuficiência, opondo-se com firmeza e pé no chão contra o unilateralismo e protecionismo americano.
A China, com certeza e com cerveja estará muito bem representada em Belém do Pará, na COP30, através de uma delegação de altíssimo nível para tratar e combater as preocupantes mudanças climáticas ultimamente geradas no planeta.
De lembrar que na Idade Antiga, as grandes potências militares e comerciais tais como Egito, Grécia e Roma mantinham um intenso e promissor comércio com outros países para aquisição de bens de consumo, dentre outros produtos de necessidade.
E eis que de repente, não mais que de repente, Donald Trump deseja mudar a velha lei natural do comércio mundial com sua política supremacista unilateralista, um atentado a própria economia americana e ao mundo livre.
Entre ataques, verborragias e feridos, Trump com certeza de muito já está em baixa no conceito dos americanos e no geral, em todo o mundo globalizado.
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