Wellington Silva

O 15 de novembro de 1889


Quais os fatores indutores da Proclamação da República Federativa do Brasil, em 1889?

O simples fato de que a Independência do Brasil, ocorrida em 1822, entre agosto e outubro do mesmo ano, arquitetada por D. Pedro I, Gonçalves Ledo, José Bonifácio e demais maçons, no Sagrado Templo da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Comércio e Artes, verdadeiramente não trouxe a independência definitiva do Brasil da corte portuguesa, ignorando o ideário republicano e ainda mantendo a monarquia, sob a batuta de D. Pedro I. Tempos depois, forçado pelas circunstâncias, e em função das brigas internas com maçons defensores do ideário republicano, D. Pedro I deixa o Brasil, deixando como herdeiro do trono seu filho, D. Pedro II, filho de D. Maria Leopoldina. Era o sétimo filho e terceiro varão e como seus irmãos mais velhos haviam falecido, era o legítimo herdeiro do trono brasileiro.

Após a abdicação de seu pai, D. Pedro I, logo Pedro II torna-se imperador do Brasil, aos seis anos, tendo sido seu tutor o maçom José Bonifácio de Andrada e Silva. Seu reinado durou perto de cinquenta anos.

D Pedro II Nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, no dia 2 de dezembro de 1825, e morreu em Paris, França, no dia 5 de dezembro de 1891.

Quem foram os principais arquitetos da Proclamação da República Federativa do Brasil?

Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca.

E quem foi Benjamin Constant?

Em verdade, este ilustre maçom, considerado por muitos historiadores como o grande mentor intelectual da Proclamação da República, era militar do Exército brasileiro, engenheiro, professor e político. Foi ele quem conseguiu convencer o Marechal Deodoro da Fonseca, o mais velho na hierarquia militar, a proclamar a República Federativa do Brasil numa bela manhã de sol do dia 15 de novembro de 1889, mesmo e apesar de se encontrar adoentado, vitimado por forte constipação. E então, ambos estrategicamente concluíram que o momento realmente era ideal para o ato, e assim foi feito, sem carnificina, sem nenhuma morte.

Benjamin Constant nasceu no dia 18 de outubro de 1836, em Niterói, Rio de Janeiro, e faleceu no dia 22 de janeiro de 1891, no Rio de Janeiro. Era adepto do positivismo e foi um dos principais articuladores do levante republicano de 1889. Foi Ministro da Guerra e depois Ministro da Instrução Pública, no governo provisório. As disposições transitórias da Constituição de 1891 o consagram como fundador da República brasileira.

O primeiro presidente republicano foi o marechal Manuel Deodoro da Fonseca. Nasceu no dia 5 de agosto de 1827 e faleceu no dia 23 de agosto de 1892. Seu mandato presidencial se deu no período de 15 de novembro de 1889 a 23 de novembro de 1891, tendo sido substituído por Floriano Peixoto, primeiro vice-presidente do Brasil e segundo presidente cujo período abrange a maior parte da história da política brasileira.

 

A BANDEIRA BRASILEIRA 

Os autores da bandeira do Brasil são:

Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares. A nova bandeira republicana substituiu a bandeira que havia sido proposta por Rui Barbosa, içada do dia 15 de novembro ao dia 19 de novembro de 1889. As grandes mudanças entre a bandeira brasileira e a bandeira do período colonial são as seguintes:

O losango amarelo teve seu tamanho redimensionado; o símbolo das Armas do Império, que estava no centro da bandeira imperial, foi substituído pela esfera azul republicana; no centro da esfera foi adicionado um lema positivista escrito “Ordem e Progresso”, lema inspirado em uma frase de Auguste Comte. Por último, foram adicionadas estrelas brancas, dentro da esfera, como representação dos estados brasileiros.

A Bandeira do Brasil, com suas formas geométricas, foi idealizada e consagrada como profunda fonte de inspiração Superior. O losango e o globo ou a esfera azul, em seu interior, simbolizam ao mesmo tempo o Universo físico, com suas estrelas, e o Olho que Tudo Vê, Fonte Fecunda de Luz, de Felicidade e de Virtude.

A Inspiradora expressão ORDEM significa a necessidade de respeito a própria Ordem, a Constituição, a República, ao ordenamento jurídico. A Inspiradora expressão PROGRESSO, dentro do conceito progressista, significa o desenvolvimento prático das liberdades individuais e coletivas, do livre pensar, da livre inciativa, da qualidade de vida, amor e respeito a sua gente, sua terra, a sua e a nossa identidade cultural.