Wellington Silva

O Brasil e a OCDE


O Brasil já é considerado prioridade da fila para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, isso se depender do apoio governamental dos Estados Unidos da América que já não vê com bons olhos o governo recentemente eleito,da Argentina, antes considerada uma séria concorrente ao estado brasileiro.

A promessa americana de que a nação brasileira entraria na OCDE ocorreu em março do ano passado, na Casa Branca, dita pelo próprio presidente americano, Donald Trump, ao presidente da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro. A consolidação dessa promessa vem ultimamente ocorrendo após vários entendimentos mantidos entre o Itamaraty e a diplomacia americana.

De acordo com o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, “ a inflexão política na Argentina ajudou a acelerar o processo de apoio dos americanos à candidatura brasileira.Todas as suas sinalizações de política pública parecem se afastar dos princípios que são preconizados pela OCDE. É natural que a maior economia da OCDE tenha que priorizar outro candidato, que no caso é o Brasil.

Marcos Troyjo avalia três grandes vantagens na adesão:

“ Acelera as reformas ao fortalecer as instituições, vira a chave do cofre de fontes de liquidez que hoje enfrentam restrições para aplicar o dinheiro no Brasil e permite a participação em acordos em outras esferas além de tarifas e cotas”.

Mas a pergunta que não quer calar é:

Porque o Brasil, um país de dimensão continental, rico em riquezas naturais, somente agora pleiteia e com sucesso conquista apoio para seu ingresso na OCDE?

Essa pergunta, caros leitores, deve ser feita ao Luizinho, dona Dilma e antecedentes que não tiveram a competência para entrar neste bonde. E perdemos esse bonde, durante muito tempo. O mais hilário nessa história toda é justamente nós, residentes de um país rico e de dimensão continental, concorrermos com o Peru, Romênia, Colômbia, Cazaquistão e Costa Rica, por exemplo. Mas, ao que tudo indica, pelo andar da carruagem, estamos dentro!

A Organização para a Cooperação Econômica Europeia – OECE foi criada em 1948, três anos após o fim da Segunda Grande Guerra Mundial (1938/1945). Financiada pelos Estados Unidos, seu objetivo inicial era reconstruir o continente destruído pela guerra. Devido ao sucesso da organização em promover ações de resultados, Estados Unidos e Canadá uniram-se aos membros pertencentes a OECE e criaram a OCDE no dia 30 de setembro de 1961.

Atualmente, a organização conta com 36 membros, que economicamente se ajudam após identificar, discutir e analisar problemas, promovendo assim políticas capazes, com bons resultados.  São eles: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.

 

Objetivo principal da OCDE:

Discutir políticas públicas e econômicas que os orientem.

 

Princípios da OCDE:

Os países integrantes da OCDE apoiam os princípios da democracia representativa e as regras da economia de mercado.

Sua sede, até hoje, é localizada em Paris, França, no Château de laMuette, epossui um histórico de relevantes serviços prestados a diversos países.