Wellington Silva

O fanatismo político e religioso


Wellington Silva
Jornalista e Historiador

 

O fanatismo político e religioso atrofia a mente das pessoas, provocando propositadamente um distanciamento da realidade. Ambos deformam o Estado, a vida das pessoas e desgraçam o futuro de uma nação. Funcionam como anestesia, ou uma droga, a necessária “receita” de controle de poder sobre as massas.

Parte da massa crítica intelectual, os livres pensadores, neste sistema, passam a ser considerados como uma espécie de vírus letal que precisa ser contido, isolado, desmoralizado, e se necessário destruído, eliminado.

O fanatismo político visa sempre a promoção da imagem e a imposição pessoal e personalizada de seu pensamento. Inexoravelmente, em sua fase inicial, cedo ou tarde ou mais cedo do que se espera promove a ruptura radical com tudo aquilo que se opõe a sua corrente de pensamento.

Depois ocorre a imposição de uma corrente única de pensamento, gerando a aculturação das massas.

O fanatismo religioso utiliza as mesmas práticas!

Juntos eles representam uma séria ameaça as liberdades individuais e coletivas, a democracia, e historicamente sempre acabam em desgraça e atraso às sociedades.

Ambos são irmãos gêmeos de uma ignorância cega, o infeliz atraso moral capaz de empurrar pessoas ao abismo da intolerância política e religiosa, da desagregação, do ódio e da violência extrema.

Disse o Divino Mestre, no ápice de seu Sermão da Montanha:

“ Deixai-os! São cegos e guias de cegos. Mas se um cego guiar a outro cego, virão ambos a cair na cova.” (São Mateus 15-13:14)

“ Desabaram aguaceiros, transbordaram os rios, sopraram os vendavais, dando de rijo contra essa casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda.”

(São Mateus 7-24:27)