Wellington Silva
O fuzil, a educação, vacina no braço, feijão, legumes e farinha no prato
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, outrora apoiador de Bolsonaro, entre tantos outros que já pularam fora do barco bolsonarista, recentemente afirmou à imprensa nacional que o Chefe da Nação Brasil “se colocou numa sinuca de bico e cometerá crime de responsabilidade se avançar o sinal”.
Ocorre que a “insolença” não só já avançou o sinal vermelho e quebrou semáforos, por diversas vezes, como também, e por diversas vezes, já cuspiu e vomitou na Constituição da República Federativa do Brasil em suas falas ou narrativas passadas e presentes, como a ocorrida na manifestação de 7 de setembro. Entre suas absurdas e repetidas falas está a de sempre condenar o isolamento e o distanciamento social, chegando inclusive a considerar tais medidas como atos cerceadores do direito de ir e vir das pessoas, isso, como se tais atos não fossem medidas sanitárias extremamente urgentes e necessárias para o mundo e em todo o mundo.
Historicamente comparando, embora os atos finais da justiça brasileira fossem necessários, por muito bem menos disso Dilma Rousseff foi impedida e Lula foi julgado e preso.
O jurista e presidente do Instituto Giovanni Falcone de Ciências Criminais, Walter Maierovicth, comparou Bolsonaro ao Rei Sol, Luís XIV, da França, que sempre dizia o seguinte:
– Eu sou o Estado!
Hoje, vemos um agitador extremista ao extremo!
O ex-ministro, historiador, jurista e diplomata Rubens Ricupero, 83 anos, recentemente afirmou a imprensa nacional que “ não há nenhum governante mais odiado no mundo que Bolsonaro”, afirmando nunca ter visto uma imagem externa do país tão desgastada, enlameada.
“ A reputação do Brasil virou vergonha mundial”, disse Rubens Ricupero.
Além da vergonha nacional e mundial, negacionismos, e dos atuais atos e falas antidemocráticas, o Brasil atualmente enfrenta preocupante índice de desemprego, registrando no trimestre 14,8 milhões de desocupados (Fonte: IBGE).
Já registramos uma inflação de 8,35% em 12 meses!
A inflação, acumulada em 12 meses, é a maior, desde setembro de 2016. A grande indutora inflacionária foi a energia elétrica. Mas, aos olhos desapercebidos da loucura bolsonarista, a carne, alimentos, combustíveis, materiais de construção, tudo está absurdamente muito mais caro, como mais caro e incontrolável está o dólar.
Estaria nossa política econômica no rumo certo ou no rumo errado, como ocorreu no Chile?
As projeções do Mapa da Fome apontam que quase 10% da população brasileira está subalimentada, e ainda querem falar de fuzil, da importância da elite bolsonarista adquirir um fuzil.
Estaremos vivendo uma era de loucura?
Estaria a razão rumo ao cadafalso ou a caminho da masmorra?
Com certeza, a grande maioria da população brasileira prefere a educação, vacina no braço e feijão com legumes e farinha no prato, do que um fuzil.