Wellington Silva

Que país é este?


Aplaudido de pé por populares no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 12 de junho de 2019, durante o jogo Flamengo e CSA, o grande protagonista da Lava Jato, Juiz Sérgio Moro, hoje é alvo de ataques de parte daqueles que obrigatoriamente tem o dever moral e legal em defender o que é reto, correto, e não, o que é torto, comprovadamente imoral, indecente e incorreto!

Como muitos já sabem, o Juiz Sérgio Moro foi acusado, julgado e condenado por ter sido considerado “parcial” no julgamento do ex-presidente Lula.

Especialistas em jurisprudência, muito bem informados por sinal, afirmam que na verdade foi Moro que recebeu diversas mensagens dos procuradores da Lava Jato, e não o contrário, e que isso é absolutamente normal em qualquer país do mundo quando valores monetários assombrosos são comprovadamente objeto de gravíssimo crime contra uma nação.

Mas, a grande questão que já está juridicamente sendo levantada por grandes juristas deste país, principalmente pela Professora Doutora Janaína Pascoal, é:

Quem realmente foi e no presente é, no grau superlativo absoluto analítico, excepcionalmente parcial?

O Juiz Sérgio Moro ou seus julgadores?

O porque, e quais razões implicativas, legais, morais, jurídicas, de somente agora, os julgadores de Moro, “hilariantemente” mudarem de opinião, justamente após Lula passar tanto tempo na prisão?

A “abertura da porteira” desta insuportável insegurança jurídica, uma verdadeira aberração aos olhos da comunidade internacional, certamente colocará à inteira disposição de outros condenados, e seus graves crimes corporativos, uma lona “zerada” e as estacas de um circo, um grande circo jurídico, onde reinará, absoluta, a impunidade!

Falar em império da impunidade, nunca é demais lembrar que a prisão em segunda instância foi sepultada no Brasil. A decretação de prisão após julgamento do réu em segunda instância de muito é regra jurídica sagrada em países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Espanha e vizinha Argentina.

O cenário atual, brasileiro, faz lembrar um trecho da canção de Belchior, Brasileiramente Linda:

Lindamente brasileira, mente linda, linda mente…

Tal aberração, as “mudanças periódicas” ao sabor dos acordos políticos, grande motor gerador da insegurança jurídica, já está causando, de tabela, com bola na rede gol contra, uma grande insegurança em diversos investidores, em diversas nações, e em capitais aqui investidos.

Já comentam por aí, giro no zap-zap e na tv, que isso tudo não passa de uma “grande estratégia política”, um “grande teatro de operações” para Lula derrubar Bolsonaro nas próximas eleições de 2022, comentários inclusive feitos pelo ex-presidente da República Federativa do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

Desgraça pouca é bobagem e loucura perde!

Muitos cidadãos já me disseram que se pudessem escrever o voto, como protesto escreveriam o nome de Sérgio Moro, ou de Luiz Henrique Mandetta, ou mesmo de João Dória, Brizola, Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Juscelino, Teotônio Vilela, Rui Barbosa, Castro Alves…

Sinceramente, não merecemos tanto!