Wellington Silva

Refletindo a Inconfidência (1789/1792) e a Revolução Pernambucana (1817)


Num país onde o cansado coração do povo anseia de esperanças por dias melhores através do surgimento de verdadeiros líderes, com espírito cívico e patriótico; num país onde a inversão e a aversão aos valores legais e morais escancaram indecentes cenas da mais clara agressão a retidão, ao direito, a justiça, envolvendo sujas mãos na conivência com o crime, refletir a vida e luta de Tiradentes, a contar do ano de 1.789 a data de seu enforcamento, sentenciada no dia 18 e ocorrida em abril de 1792, assim como dos revolucionários pernambucanos do dia 6 março 1817, verdadeiramente simbolizam, de sobremaneira, a retidão, o civismo, o verdadeiro patriotismo. Eles o são, justamente, o oposto de tudo o que estamos atualmente vivendo, do avesso, do avesso, do avesso…

Do nada, inesperadamente, criam aberrações jurídicas para facilitar delitos, blindando criminosos e menosprezando vítimas, provas, filmagens, documentos, descaradamente favorecendo delituosos e a obviedade do crime. Este, tristemente e lamentavelmente, é o Brasil de hoje…

Mas, a cultura da ganância, da perfídia, dos pérfidos, dos traidores da Mãe Pátria, ah! senhores, certamente, não vem de hoje. Ela advém de tempos idos…

 

Porque a Inconfidência Mineira não vingou?

Como hoje, o direito e a retidão claramente estão no cadafalso do fracasso, a Inconfidência Mineira fracassou no dia 10 de maio de 1789 muito em função das mãos sujas de perfídia do traidor Joaquim Silvério dos Reis.

E os Silvério dos Reis da vida, da atualidade, estão lá, por lá mesmo, no planalto central do Brasil, alojados e de mãos dadas com a perfídia, renegando nossos históricos valores.

Numa época em que ser inconfidente ou revolucionário contra a coroa e o clero significava morte certa, por enforcamento ou fuzilamento, caso descoberto, hoje, tudo forçosamente faz refletir, se nós, enquanto nação livre, soberana e democrática, aqui e agora, não estaríamos deveras estáticos, desmobilizados, politicamente cercados por extremos e vícios das mais variadas matizes e nuances?

 

Percepção óbvia:

Porque mobilizações de movimentos de extrema direita e de extrema esquerda absurdamente defendem claros atentados ao estado democrático de direito, as liberdades individuais e coletivas, a livre iniciativa e ao direito de propriedade?

Logicamente, o controle totalitário sobre tudo e sobre todos historicamente sempre foi o grande objetivo final destas pérfidas correntes de pensamento.

Se a esquecida Revolução Pernambucana vingou, em 1817, contra a coroa portuguesa, embora temporariamente, inspirada nos Inconfidentes e em Tiradentes, muito se deve ao notável ideário patriótico de bravos maçons, negros e nativos. Bravos pernambucanos que não arredaram o pé e não traíram o ideal de tão significativa revolução registrada na História do Brasil.

Tiradentes, os Inconfidentes e os revolucionários pernambucanos de 1817 é e sempre serão exemplos vivos às gerações atuais e futuras. O sonho de um Brasil melhor, mais justo e solidário entre todos, com todos e para todos.