Wellington Silva

Reflexões sobre a teledramaturgia brasileira


Creio que já está passando da hora dos produtores de novela e cinema fazerem uma boa reflexão a respeito de todo o produto de informação que passam ao povo brasileiro.

E do que estamos falando aqui?

Falo da emergente necessidade de resgate de valores e disseminação de nossa história e cultura.

Nosso Marabaixo, identidade cultural própria do Amapá, ponto Norte Setentrional do Brasil, será mostrado ano que vem no carnaval.

E que sacada genial!

Isso é resgatar valores e disseminar história e cultura!

Deu pra entender!?

E francamente, temos de concordar com a fala do Presidente:

– Quem quiser divulgar pornografia que gaste do seu bolso. Com dinheiro público não. E ponto final!

Embora para alguns tenha sido um filme com forte abordagem ou construção argumentativa pesada, Tropa de Elite mostrou para o Brasil e o mundo a nossa realidade: corrupção policial, o dia a dia do tráfico, desigualdade social, decadência moral…

E foi um sucesso de público e bilheteria!

Besouro, embora não tenha tido o mesmo sucesso de Tropa de Elite, é um excelente filme. Mostra que o preconceito racial e a prevalência de uma cultura externa dos senhores de engenho sobre a cultura de resistência afro-brasileira jamais a sepultou. Eis a moral do filme senhores!

Sem querer ser pudico, observo que várias pessoas já comentam por aí que algumas novelas e filmes brasileiros são verdadeiras aulas de pilantragem da pior espécie. Se no final os pilantras se dão mal, a mensagem inicial da trama “novelesca” começa a construir na cabecinha de algumas pessoas as formas diversas de como um pilantra pode se dar bem.

Que tal um filme ou documentário sobre Santos Dumont ou sobre Rui Barbosa, Cabralzinho, Padre Cicero, Juscelino, Zumbi dos Palmares, a Batalha dos Guararapes, Rondon, A Tomada de Monte Castelo?

Por favor, mudem o roteiro!