Wellington Silva
Sejamos Tarzan e o Mogli

Os “cabeças brancas” como eu lembram perfeitamente dos filmes de Tarzan, O Rei das Selvas, que passavam aos finais de semana no Saudoso Cine João XXIII ou no Cine Macapá, ele sempre acompanhado da sua belíssima Jane e de um inteligente chipanzé por nome “Chita”.
O nosso saudoso Rei das Selvas ganhava todas, dava surras leoninas nos bandidos, prendia, ou quando não botava os infratores pra correr com a ajuda de seus amigos elefantes, gorilas e quase toda a bicharada da selva. Com ele e seus amigos da floresta todos os bandidos que se aventuravam a cometer atos insanos contra os animais, a fauna e a flora, sempre levavam a pior no final do filme!
Meu Deus do Céu! Como era legal ver o Tarzan com toda aquela moral sacerdotal punindo bandidos! A garotada vibrava a cada cena!
E o Mogli, O Menino Lobo, que não era lobo e nem homem e sim um misto de tudo?
Garoto esperto, corajoso e valente, a alma da floresta, protetor da fauna e flora que nunca se viu igual em seu mundo!
Dia desses, de tão triste que fiquei em ver nosso belo e rico Brasil em chamas repentinamente resolvi assistir o Mogli.
O que encanta e chama atenção no personagem Mogli é a sua pureza de espírito até se deparar com os abusos e absurdos humanos.
Assim como a gente torce pelo Mogli e sofre com ele durante o seu embate com o perverso e ambicioso Tigre Shera Khan no seu claro instinto de querer dominar a tudo e a todos na floresta, creio que todos nós, homens e mulheres de boa vontade, torcemos neste sofrido planeta por um mundo de paz, sem poluição, sem queimadas, sem destruição das florestas e com muito mais respeito internacional pelas matas, pelo ar, árvores, animais, rios, mares e oceanos…
Penso, com toda certeza, que todos nós, autoridades mundiais e cidadãos do dito “mundo civilizado” devemos ter um pouco do Tarzan e do Mogli em nossos corações neste momento tão crucial e lamentável por que passa a Mãe Terra que se vê obrigada a suportar diariamente cargas e mais cargas de bombas, incêndios florestais avassaladores, muita fumaça no ar, rios e peixes literalmente mortos, e por aí vai…
Se não nos dermos imediatamente as mãos e não nos conscientizarmos para a escancarada realidade de que quase tudo está morrendo e se acabando em poucos anos não restará mais nada ou quase nada a lamentar diante de cenários de desolação e sentimentos de medo, pânico, de pavor do futuro!
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