Wellington Silva

União Internacional de Combate às Queimadas


 

O fogo avassalador que campeia e assusta quase todo o Brasil não espera resultado de reuniões protocolares e muito menos aguarda o protocolo de pauta parlamentar para liberação de recursos ou liberação de verbas do tesouro para ações emergenciais contra queimadas criminosas.

E se não ocorrer uma punição exemplar contra tais incendiários muito em breve não restará mais a quem ou o que punir exemplarmente, pois evidentemente, estará quase tudo destruído!

A imediata medida de socorro à Portugal, advinda da União Europeia, por iniciativa de países próximos, faz parte de um dispositivo legal internacional quando por ventura um país vizinho se veja envolto em situações alarmantes tais como os incêndios avassaladores que ultimamente estão ocorrendo na nação portuguesa com a destruição de florestas e de casas residências.

Se, por um lado, temos a péssima mania de fazer piadas sobre o povo português, por outro, em verdade, perdemos e em muito deles em matéria de organização, legislação, estrutura e capacidade de resposta a situações de calamidade.

Enquanto que lá, em Portugal, a União Europeia imediatamente dispõe aviões, helicópteros, caminhões tanque, bombeiros, brigadistas de combate à incêndios, inteligência e pessoal qualificado como medidas rápidas para combater e debelar incêndios na nação amiga aqui no Brasil e no geral na América Latina de muito carecemos de um dispositivo similar eficiente que realmente possibilite uma nação vizinha de socorrer a outra, imediatamente!

No caso dos incêndios criminosos ocorridos no estado do Amazonas, Acre e Pará, por exemplo, houvesse dispositivo tão eficiente desta natureza a Guiana Francesa, Peru e Bolívia logo socorreriam com aviões, helicópteros, bombeiros e brigadistas, sim porque em alguns casos o fogo incontrolável pode atravessar fronteiras.

Salvo melhor juízo nos parece inexistir um serviço internacional e muito menos um projeto integrado eficiente na América Latina que realize troca de informações de inteligência e de combate a crimes ambientais em andamento, queimadas criminosas, garimpos clandestinos, etc…

Daí eu pergunto:

Já não está passando da hora de todos os países da América Latina começarem a pensar muito sério sobre a questão ambiental, mudanças climáticas, e fundamentalmente pensar em planos, programas, projetos e ações exclusivamente voltadas a questões tão cruciais para a sobrevivência das formas de vida do planeta Terra?

Americanos e europeus não poderiam desinteressadamente contribuir neste processo com apoio, equipamentos, aeronaves, tecnologia, informação em tempo real via satélite?

Evidentemente, com certeza, SIM!

Mais do que necessária, a união internacional neste momento crucial por que todos nós estamos passando é sobremaneira EMERGENCIAL antes que seja tarde demais e não reste mais nada a fazer a não ser olhar na TV as malditas bombas caindo e destruindo tudo que é vida no planeta enquanto que os insanos incendiários tacam fogo no que restar de floresta em pé!

“Entonces”, com a palavra, as autoridades nacionais e internacionais!

 

 

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