Wellington Silva

Vamos falar de Educação?


Eis que repentinamente resolvem quebrar as pernas das principais universidades brasileiras, cortando recurso e bolsas, bolsas consideradas estratégicas como custo benefício à pesquisa de ponta.

Aos olhos da sociedade brasileira, o inesperado corte verbas do ensino superior não cai nada bem, pega mal e merece melhores explicações. Nunca é demais lembrar que educação superior é formação de conhecimento para o futuro. Portanto, o uso do bom conhecimento, sem radicalismos, extremismos, e mais ismos e ismos, te leva à evolução moral, intelectual e de tabela à sabedoria.

A liberdade de pensamento e expressão, no campo das ideias, da pesquisa e da extensão é e sempre será o grande motor gerador do desenvolvimento intelectual do estudante acadêmico, isso em qualquer canto do chamado mundo livre. Necessário é reaprender com Sócrates, Platão e Confúcio e formatar um bom direcionamento mental.

Numa democracia, aprender a conviver com os contrários, sem radicalismos, e respeitar as liberdades individuais e coletivas é altamente pop e bom e salutar para todos. Isso não representa fraqueza e sim bom senso e sabedoria. Saber ouvir com sensibilidade e se esforçar para falar usando a razão e não a desenfreada emoção ideológica, já tão ultrapassada, deve ser a pauta neste momento tão delicado que o país atravessa. Desejam combater ideologias totalitárias nas faculdades e universidades? Não mintam, não exagerem e falem a verdade. Mostrem em sala de aula vídeos impactantes e dados reais sobre regimes totalitários de esquerda e direita.

Historicamente, extremos de esquerda e direita nunca caíram bem e jamais se saíram bem em nenhum canto do planeta. Pela educação e para a educação, a hora é de diálogo, bom senso e prudência. Falar nisso, especialistas em educação comenta aquilo que vem ultimamente observando, ou seja, de muito o Planalto Central do Brasil não deseja ou não quer enxergar o quão distantes estamos no quesito ensino aprendizagem em relação a outros países, isso quando falamos e debatemos sobre a precária situação do ensino superior no Brasil. Apenas 14% dos adultos brasileiros chegam ao ensino superior, percentual considerado baixo se comparado à média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de 35%. O índice brasileiro é bem menor se comparado a outros países latino-americanos tais como o Chile (21%), Colômbia (22%) e Costa Rica (23%).

O que diria Chico Buarque? O que será que será?

Digo-vos:

Vamos sinceramente falar de educação!?