Heraldo Almeida
Grupo Pilão: a força do canto tucuju

Desde 1975, quando surgiu no III Festival Amapaense da Canção – FAC, realizado no auditório da Rádio Difusora de Macapá, o Grupo Pilão iniciou um percurso de valorização e divulgação da música local que influenciou diretamente na criação da identidade musical do Amapá.
No dia 23 de setembro de 1975, data do festival, mas a criação do grupo foi no dia 25, o Grupo Pilão nascia envolvido em polêmica, se apresentando ao público utilizando um pilão como instrumento de percussão na música “Geofobia”, que foi a canção preferida do público, porém ignorada e desqualificada pelo júri do Festival.
Fundado por Fernando Canto, Bi Trindade (falecido) e Juvenal Canto, atualmente o grupo é formado por Tadeu Canto, Orivaldo Azevedo, Eduardo Canto, Leonardo Trindade e Fernando Canto.
A maioria das letras das músicas gravadas pelo Grupo Pilão é de autoria de Fernando Canto. Outros compositores como Bi Trindade, Eduardo Canto, Sílvio Leopoldo e Manoel Cordeiro têm músicas gravadas nos três discos que compõem a discografia do Grupo. É importante frisar a presença do maestro Manoel Cordeiro, responsável pelos arranjos super atuais e pela direção musical dos discos. A ideia do Pilão sempre foi a valorização da cultura local e popular em todas as suas manifestações e algumas trazem um teor ideológico de natureza política que reflete a preocupação de seus componentes com os diversos momentos da ocupação amazônica e as transformações econômicas, ambientais e sociais que o Amapá enfrentou. Um exemplo disso são as canções “Pedra Negra”, sobre a exploração do manganês na Serra do Navio e Tumuc-Humac, sobre a preservação do meio ambiente (ambas de Fernando Canto).
A canção “Quando o Pau Quebrar” (Fernando Canto), participou em1974 do festival do SESC e TV Itacolomi em Belo Horizonte-MG e ficou em 2º lugar, simbolicamente é um desejo de luta contra a opressão que naquele momento histórico era representada pelo regime ditatorial dos militares. No contexto histórico estavam a Guerrilha do Araguaia. A grande contribuição do Grupo Pilão para a música amapaense foi, certamente, a pesquisa de ritmos do folclore amazônico, como o Marabaixo e o Batuque, de origem africana; do Coatá e das Folias ritualísticas que permitiram a realização do mapeamento musical do Amapá, bem como a difusão da cultura original de cada uma dessas manifestações.
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Os Loucos
Dias 8 (sexta) e 9 (sábado) tem agenda musical no Farofa Tropical (esquina da Av. José Siqueira com a Rua São José – Laguinho), com o poetinha Osmar Júnior cantando ‘Os Loucos’ (Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Renato Russo, Cazuza, Chorão e outros), a partir das 21h. Participações especial de Sandra Lima e DJ Abacate. Venda de mesas: 96 98137-3130.
Aclamação
Ex deputada estadual, Cristina Almeida foi aclamada presidente da União dos Negros do Amapá (UNA). Boa sorte.
‘Sangue Latino’
Título da nova música da cantora e compositora Lia Sophia, já disponível nas plataformas digitais. Lançada no programa O Canto da Amazônia (Diário FM 90,9).
Igualdade
Padre Paulo Roberto é o novo diretor presidente do Improir (instituto da Igualdade Racial de Macapá), eleito no dia 1 de março.
O novo gestor promete lutar contra desigualdade e valorizar identidade dos negros.
Campeão
Bloco carnavalesco Tia Fé sagrou-se campeão do circuito Abloca, realizado neste domingo (3), na Praça Zagury. Parabéns.
Pará
Grande Rio vai homenagear o estado do Pará no carnaval 2025. O enredo está sendo projetado pelos carnavalescos, Gabriel Haddad e Leonardo Bora seguirão no comando do carnaval da Grande Rio.
Ainda sem um fio condutor definido, a dupla tem autonomia da diretoria para a elaboração do enredo. Parabéns.
‘Acordei’
Título da nova música de Zé Miguel, com participação especial de Letícia Adriani. Disponível nas plataformas digitais. A obra faz parte do projeto Gerações, que o artista criou. Parabéns.
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