Heraldo Almeida
Mais três bens são reconhecidos como Patrimônio Cultural

O Tambor de Crioula do Maranhão (MA), o Frevo (PE) e o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES) tiveram revalidados seus títulos de Patrimônio Cultural do Brasil.
“É com grande alegria que aprovamos a revalidação de mais esses três bens como Patrimônio Cultural do Brasil. Agradeço o empenho do DPI [Departamento do Patrimônio Imaterial] e dos conselheiros na luta para garantir esse direito aos detentores”, destacou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Além dos registros e revalidações, também temos trabalhado a todo vapor no planejamento das ações de salvaguarda para que possamos concluir esse processo de proteção e valorização dos 50 bens registrados em todo o Brasil”, acrescenta.
O Tambor de Crioula do Maranhão (MA) é registrado como Patrimônio Cultural Imaterial desde 2007. Tradição em grande parte dos municípios maranhenses, a manifestação envolve dança circular, canto e batuque de tambores. Tem origem afro-brasileira e é dançada em louvor a São Benedito, em praças, terreiros e festas. O ponto alto da dança é a punga ou umbigada – ato em que as dançadeiras se cumprimentam batendo barriga com barriga.
O Frevo (PE), tradicional em Recife e Olinda (PE), é expressão musical, coreográfica e poética. Foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil em 2007 e tem origem no final de século XIX. A manifestação reúne melodia e criatividade vindas de outros gêneros. Inicialmente, era praticado por bandas militares, escravos recém-libertos, capoeiras e a nova classe operária de Recife do começo do século XX. O Frevo também está na lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Já os saberes relacionados à fabricação artesanal das panelas de barro estão incluídos no Livro de Registro de Saberes desde o ano 2002. Foi o primeiro bem registrado pelo Iphan como Patrimônio Imaterial. A produção, realizada no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), envolve técnicas tradicionais e matérias-primas naturais. O trabalho é realizado principalmente por mulheres, que repassam seus conhecimentos às filhas, netas, sobrinhas e vizinhas. As panelas são feitas de argila e modeladas à mão. Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas ao ar livre e impermeabilizadas com tinta de tanino. A técnica é herança cultural Tupi-guarani e Una.
CORRENTEZA: A correnteza de um curso de água é o trecho em que a sua corrente vai mais rápida (acima do fluxo médio), geralmente formando ondulações e pequenas ondas, e ocorre usualmente em um terreno raso e acidentado. Muitas vezes, consiste em um leito rochoso de cascalho e de seixos ou de outras pequenas pedras. Esta parte do curso de água é um importante hábitat para a pequena biota aquática, como pitus ou pequenos peixes.
Meu coração tropical
Amanheceu batucando por você
Eu não sou anormal
Aqui do outro lado do Brasil
Osmar Júnior
Baile
Dia 8 de abril tem o ‘Baile do Papai’, projeto do amestro Manoel Cordeiro, a partir das 21h, na Quebrada (Rua Hildemar maia, 2340.
Artistas convidados: Silmara Lobato, Mauro Cota, Ariel Moura e Rambolde Campos. Informações: (96) 99138-0508. A realização é da Duas Telas Produções.
Teatro
Vai começar a IV Semana amapaense de Teatro, de 24 a 27 de março, no Residencial Macapaba, Ilha de Santana e Museu Sacaca.
Na pauta tem teatro, música, literatura, contação de história, debate e roda de conversa. A realização é do Coletivo de Artistas Produtores e Técnicos em Teatro do Amapá (Captta), com apoio cultural da Secult.
Sexta cultural
Na sexta (25), das 16h às 19h, o programa O Canto da Amazônia (Diário FM 90,9) vai fazer um especial com representantes de Ligas, Federações e quadrilhas juninas, valorizando esse segmento da cultura popular amapaense.
Lançamento
Cantor e compositor, Natal Villar vai lançar seu novo disco nas plataformas digitais, ‘Além da Linha do Equador’, mas ainda sem data definida.
‘Voei Além’
Título da nova música de Joel Elias em parceria com Naldo Maranhão, que gravou a canção. “Montado no meu poema eu revirei céus e terras, banhei-me em águas e nuvens, enfim…”.
‘Flor Morena’
Cantora e compositora carioca, Aline Calixto divulga mais uma música do DVD dos seus 10 anos de carreira.
A música ‘Flor Morena’ foi um presente de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho para a cantora. Confira nas redes sociais da artista e plataformas digitais.
Estranho e belo
Um amigo riu quando eu disse que Djavan tem um estilo musical estranho e belíssimo, mas é isso mesmo que penso.
Ele diz coisas e canta em melodias inusitadas, cheias de beleza. Ouçam a música Lambada de Serpente. Penso que ninguém nunca disse isso antes.