Heraldo Almeida

Tacacá: iguaria típica da Amazônia


O tacacá é uma iguaria da região amazônica, em particular do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia e Amapá. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi vem da tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior.

 

Sua origem é dos indígenas paraenses e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada ‘mani poi’. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacás, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos”.

 

O tacacá não é considerado uma refeição. É uma espécie de bebida ou sopa, servida em cuias e vendida pelas ‘tacacazeiras’, geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades nortistas. Na hora de servir são misturados, na cuia, tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pimenta-de-cheiro a gosto.

 

O jambu é uma planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos típicos da região norte, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, o jambu deve ser ligeiramente aferventado em água com pouco sal.

 

O tacacá não pode faltar nos fins de tarde da população da Amazônia, e é tão significante, que os compositores da região incluem nos versos de suas canções, esse precioso alimento que já é cultural na vida do povo da região amazônica do Brasil.

 

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Orgulho meu
Que eu canto agora
Onde nasci, me criei
Laguinho tem muita história

Carlos Pirú

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‘Açucena’

Título da música do poetinha, Osmar Júnior, gravada pelo grupo Gente de Casa, no ritmo do samba, e que será lançada na sexta (30), no programa ‘O Canto da Amazônia (Diário FM 90,9). A versão original foi gravada por Amadeu Cavalcante.

 

Solidariedade

A Banda Sakarolha vai realizar a live ‘Solidariedade’, na sexta (30), em prol da saúde do cantor Taysson Tyassu, que está se recuperando da Covid-19. A transmissão será pela página Telf Lines Produções, no Facebook e Youtube, às 19h.

 

Artesão

Amigo artesão, Ceará da Cuíca é um artista ‘de mão cheia’ (como se diz no popular). Ele junta peças em oficinas de veículos, que não servem para o uso, e confecciona instrumentos musicais. Um belo artesanato para presentear. Contato do artista 96 99177-2296.

 

Doação

A Infraero vai doar, através do Instituto Brasileiro de Museus, 174 obras de arte para museus brasileiros.

São pinturas, gravuras e esculturas pertencentes ao patrimônio daquela empresa pública, que estavam em aeroportos de várias cidades do Brasil. (www.cultura.gov.br).

 

‘A Rainha Perdida’

Título do livro que a escritora carioca Ana Cristina Melo, está lançando. A obra retrata uma sociedade distópica na qual os moradores foram privados da liberdade em troca de comida e segurança. Acesse o site e saiba mais http://bit.ly/rainhaperdida.

 

“Música e Música”

Cantor e compositor acreano, Sérgio Souto dá um recado aos seus seguidores em seu grupo no Facebook: “Meus caros amigos, o prato principal do grupo é a música. Evitem publicar nada que não seja música e música”. Recado dado.

 

Planeta Amapari

Ouvindo as músicas do disco ‘Planeta Amapari’, projeto criado por Val Milhomem, Joãozinho Gomes e Zé Miguel, fica fácil entender o amor desses artistas por nossa aldeia tucuju.

“Somos filhos dessa terra e também dessas estrelas, do infinito e da floresta, da nação que nos constela…”.