“A principal causa da violência contra o idoso é a patrimonial”, diz advogado
Maurício Pereira é conselheiro nacional da OAB na área dos direitos humanos
Douglas Lima
Editor
O advogado Maurício Pereira, membro da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB, registrou no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), na manhã deste sábado, 17, que a violência contra o idoso é tão antiga quanto à civilização, em virtude da desobediência do homem a Deus.
Em seguida, ensinou que o próprio Deus, preocupado com a tendência do homem ao mal, ao elaborar os Dez Mandamentos criou um, o único seguido de uma promessa: “Para que os teus dias sejam prolongados sobre a terra”. O Mandamento é o “Honrar pai e mãe”.
Então, no dizer de Maurício, a violência contra a pessoa idosa vem desde os primórdios do mundo. “Sempre houve violência contra o idoso – pai, mãe, avô, avó, bisavô, bisavó”, repete o advogado.
Em seguida, o representante da OAB pontua que atualmente a violência ao idoso tem muitas causas, mas a principal delas é a patrimonial. Um dado que ilustra esse interesse, informou Maurício Pereira, é que a maior renda das cidades é a aposentadoria.
Filhos, netos, sobrinhos e outros dependentes de idosos, registrou Maurício no programa radiofônico, aproveitam-se da afeição que têm do ascendente, e então passam a querer ficar com o cartão dos ganhos do idoso. Quando têm alguma resistência, optam pela violência.
O advogado disse que às vezes a violência praticada contra as pessoas de idade são mais psíquicas e morais, do que físicas. “O xingamento e a ofensa diminuem a autoestima do idoso, levando-o até a ficar doente, mas ele aceita aquilo porque tem enlace afetivo com o agressor”.
Por fim, o conselheiro da OAB alertou que a sociedade tem que ficar de olho na relação entre jovens e idosos, e denunciar ao perceber algo de anormal. “Não pode haver a omissão do vizinho, do amigo, quando a vida de uma pessoa idosa está em jogo”, apelou o causídico.
Denuncie
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– 5ª DP – Delegacia de Referência de Atendimento à Pessoa Idosa: Av. Setentrional s/n. Araxá;
– Registro de boletins de ocorrência em qualquer delegacia de Polícia Civil, bem como, através da Delegacia Virtual (www.policiacivil.ap.gov.br);
– Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Constitucionais e Fundamentais (PJCONST/MP): Complexo Cidadão da Zona Norte.
– Defensoria Pública Estadual (DPE/AP): Av. Raimundo Álvares da Costa nº 67. Centro.
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