Abandonada e vilipendiada por gestões criminosas, UNA completa 20 anos de existência
Construído com recursos públicos, o prédio possui uma estrutura de seis blocos edificados numa aérea de 7,2 mil m2, que agora está praticamente em ruínas.

Inaugurado em 05 de setembro de 1998, no bairro do Laguinho, como União dos Negros do Amapá, o Centro de Cultura Negra do Amapá (UNA) completa nesta quarta-feira 20 anos de existência, mas sem absolutamente nada a comemorar, porque são duas décadas de disputas políticas internas, denúncias de desvios de recursos e com seu imponente prédio completamente abandonado, que hoje mais parece uma grande lixeira em espaço nobre de um dos mais tradicionais bairros de Macapá, o Laguinho, referência da luta dos negros contra o preconceito e a discriminação.
A repórter Railana Pantoja, do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) foi à UNA e constatou o estado de abandono. “Infelizmente não há nenhum motivo para comemorar; como se vê nas imagens, está tudo abandonado, cheio de cupins e cadeiras quebradas, mais parecendo uma grande lixeira viciada, tanto dentro como no entorno; as portas ficam permanentemente abertas, sem qualquer vigilância, e verifica-se que foi tudo quase saqueado”.
Além do acúmulo de lixo e de entulhos, a UNA está há vários anos sem energia elétrica e sem água, cujos fornecimentos foram cortados por falta de pagamento e de forma recorrente vem sendo palco de ações policiais e das companhias de distribuição por causa do uso de ‘gatos’. “É de se lamentar a situação desse lugar especial para a cultura negra, relegada ao abandono e sem qualquer perspectiva de revitalização”, lamentou a repórter.
Estrutura
A UNA foi criada com o objetivo de revitalizar, preservar e valorizar a cultura negra no Amapá. Construído com recursos públicos, o prédio possui seis blocos edificados numa aérea de 7,2 mil m2, com Anfiteatro, Museu do Negro, Auditório, Espaço Afroreligioso, Sala de Múltiplo Uso e Administração.
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