Acadêmico de Farmácia da Unip recebe prêmio Destaque de Iniciação Científica
Ícaro Sarkis é o único representante do Amapá na galeria de contemplados com o Prêmio Jovem Cientista. Ele é inventor de produto que controla a larva do Aedes aegypti

O acadêmico do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá (Unifap) Ícaro Sarkis passou a fazer parte da seleta galeria de jovens cientistas premiados como Destaque em Iniciação Científica, que este ano substituiu o Prêmio Jovem Cientista promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Ele foi premiado por uma descoberta que pode revolucionar a área da medicina: um produto que combate com eficiência o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Em entrevista exclusiva concedida na manhã desta segunda-feira (24) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) o supervisor de Ícaro na pesquisa, professor Caio Pinheiro falou sobre o trabalho e sobre o Prêmio. Segundo ele, o produto tem eficácia comprovada no controle da larva do mosquito e está pronto para ser explorado em escala industrial, dependendo apenas de surgirem indústrias com potencial para investir.
“O Prêmio Destaque foi disputado pelos melhores estudantes em iniciação cientifica do Brasil, uma honraria inédita para o Amapá; essa premiação substituiu este ano o Prêmio Jovem Cientista, que não foi realizado por causa da crise econômica que levou a cortes orçamentários; o Ícaro foi convidado junto com ganhadores das últimas edições e apresentado ao lado deles como o destaque do ano, sendo aclamado, portanto, como jovem cientista”, relatou.
Ícaro ganhou como prêmio uma bolsa integral para o curso de mestrado e de acordo com Caio Pinheiro, agora depende de investimentos para ser produzido em escala industrial. “O importante é que ele ganhou e como prêmio tem garantindo o curso de mestrado. O trabalho dele resultou na descoberta de um larvicida e faz parte de uma série de trabalhos desenvolvidos pelo laboratório de tecnologia de farmacêutica, e apresenta resultados promissores para o controle das larvas do Aedes aegypti; nesse atual momento na conjuntura do Amapá a gente espera que esse trabalho possa contribuir realmente para gerar um produto inovador, de vanguarda na área, num momento de implementação da Zona Franca Verde, por se tratar da valorização de um produto regional; é sem dúvida bom momento para investir nisso, porque tem como foco um trabalho de técnicas simples e baixo custo”.
Perguntado se o larvicida já pode ser produzir para ser comercializado, Caio Pinheiro ponderou: “Para comercializar tem uma serie de exigências impostas pela legislação vigente, mas o trabalho dele permite isso, porque é útil no controle da larva; agora, entretanto, é preciso de apoio, para que o produto dessa pesquisa seja industrializado e vá para as prateleiras; mas isso vai depender de apoio, e esse é o grande problema da pesquisa, área que o Amapá ainda está engatinhando e por falta de apoio muito se perde em trabalhos proveitosos e produtos que ficam apenas nas gavetas”, lamentou.
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