Advogado quer criação de lei que filtre propagação do ódio na internet
Jorge Anaice diz que mundo virtual não pode ser terra de ninguém nem território de cometimento crimes

Douglas Lima
Editor
“Educação e família. Esse é o contexto”. O ponto de vista, sobre a violência nas escolas e a utilização da internet como instrumento de propagação do ódio e de atentados, é do advogado Jorge Anaice, que se especializou no assunto, com mais de 30 mil seguidores nas redes sociais.
Anaice foi entrevistado na manhã deste sábado, 15, no programa ‘Togas e Becas’(Diário FM 90,9). Considerando o assunto um tema complexo, o causídico analisou que a onda de casos de violência envolvendo menores de idade, com utilização do mundo virtual, provoca os limites da liberdade de expressão.
O advogado observou que a questão, para ser solucionada, não exige somente ação na esfera policial, pois envolve uma preciosidade, que são as crianças e os adolescentes. Anaice acha que antes de tudo tem que haver um tratamento psicológico.
Jorge Anaice mostrou que o Brasíl é um país de 33 milhões de famintos. Ele viu caso de uma pessoa que roubou um celular pedir pra ficar presa porque não tinha o que comer. Noutra situação uma mãe com cinco crianças também pedindo a prisão para que os seus filhos recebessem o auxílio reclusão.
“Educação e família. Esse é o contexto”, disse o advogado, assinalando que essa questão de uso da internet não envolve apenas crianças e adolescentes de classe média, mas de todas as classes. “A internet não pode ser terra de ninguém. Não pode ser território de cometimento de crimes. É preciso haver um filtro”, pontuou
Anaice lembrou que o Ministério da Justiça emitiu portaria, tida como inconstitucional, mas de muito valia para que o Poder Legislativo se movimente. “A portaria pode até servir de um arcabouço em que o Congresso se apoie para criar lei que filtre a forma desregrada com com que a internet é usada, provocando medo coletivo”, acentuou.
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