Cidades

Alunos de cursos técnicos do IFAP têm aula prática de manejo de pirarucu na Embrapa

A programação constou de palestras interativas e demonstrações práticas sobre alimentação de alevinos e matrizes de pirarucu, manejo reprodutivo, manejo alimentar, captura, pesagem e biometria de pirarucu. A programação aconteceu na área dos tanques escavados do campo experimental.


Alunos concluintes dos cursos Técnico em Agropecuária e Técnico em Agroecologia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande, fizeram uma visita técnica ao Campo Experimental da Embrapa no distrito de Fazendinha (Macapá/AP) e verificaram as práticas de manejo referentes ao manejo nutricional e reprodutivo do pirarucu.

A professora Alyne Cristina Sodré Lima, da disciplina Manejo Animal, ressaltou que visita faz parte de uma cooperação técnica com a Embrapa. “Fazemos a atividade teórica em sala com os alunos, mas atualmente ainda não temos no campus os tanques de piscicultura ou instalações apropriadas para fazer este tipo de prática. Como temos a parceria com a Embrapa, aproveitamos para oportunizar aos alunos conheceram as espécies que são cultivadas aqui e também ver na prática como é realizado o manejo reprodutivo e alimentar do pirarucu”.

O aluno Valdo Silva da Conceição Filho, 17 anos, residente no município de Porto Grande, na Colônia Agrícola do Matapi, disse que trabalha com o pai em uma piscicultura familiar, onde cultivam pirapitinga e pirarucu. “Vendemos na cidade de Porto Grande. Me interessei pelo curso do IFAP porque oferece ensino de boa qualidade e também o curso de Técnico em Agropecuária está ligado de certa forma ao meu sonho de cursar Medicina Veterinária. Não conhecia o campo da Embrapa, mas sei que é um órgão público que leva muitas tecnologias para o produtor rural”.

O pesquisador Cesar Santos, supervisor do Campo Experimental de Fazendinha, iniciou a programação da visita técnica explicando os fundamentos do manejo do pirarucu para reprodução. “Este procedimento envolve manejo de adultos (reprodutores) e de alevinos (recém-nascidos). Como o pirarucu é carnívoro, ou seja, se alimenta de outros peixes, então para criar o pirarucu precisa treiná-lo desde a fase de alevino a aceitar a ração, porque ele é acostumado a caçar ativamente o peixe, e a reação fica parada na água, é inerte, então não tem o estímulo da caça à presa”, explicou Santos. A pesquisadora Eliane Yoshioka falou sobre a importância dos carboidratos, proteínas e lipídios necessários para a saúde do organismo humanos, e explicou que estes itens são necessários para o desenvolvimento saudável dos peixes em cativeiro. Participaram da visita técnica 39 alunos do IFAP, dois professores e os técnicos de campo Fábio da Conceição Costa, Higor Favacho, Luiz Alberto Sabioni, Flazita Silva da Costa e Aline dos Santos.


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