Amapá define estratégias para a Rota do Mel em 16 municípios
Oficina reuniu 200 participantes e estabeleceu comitê gestor com coordenação dupla para unir apicultura e meliponicultura
O encerramento da oficina de planejamento estratégico da Rota do Mel, realizado na terça-feira (2), em Macapá, marcou um novo passo para a apicultura e meliponicultura no estado do Amapá. O evento, que durou dois dias, oficializou o Polo Mel do Meio do Mundo Amapá, que abrange os 16 municípios do estado e visa estruturar a cadeia produtiva local. Durante as atividades, realizadas no Sebrae, cerca de 200 pessoas marcaram presença, entre apicultores e meliponicultores de terras indígenas, comunidades quilombolas, agricultores familiares, e instituições de pesquisa e educação.
A Rota do Mel faz parte das Rotas de Integração Nacional, uma iniciativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) para conectar arranjos produtivos locais e cadeias de produção, visando promover o desenvolvimento econômico, social e a inclusão produtiva. No caso do Amapá, diferente de modelos aplicados em outros estados, a gestão do polo contará com dois coordenadores: uma liderança da apicultura e outra da meliponicultura. A estratégia visa não dividir, mas somar forças. O entendimento é que o trabalho é, acima de tudo, em prol das abelhas e de seu papel na susten tabilidade.
Apicultora há mais de 15 anos, Edicleuma Santana foi nomeada para uma das coordenações do comitê e destaca que a iniciativa vai trazer desenvolvimento para a região. “Essa integração entre a meliponicultura e a apicultura vem pra trazer o desenvolvimento dentro da bioeconomia. A Rota do Mel é um ganho muito grande para dentro do estado, vai trazer tecnologia e inovação. Eu agradeço o presidente Lula, ministro Waldez Góes e todos os atores que estão somando para a riqueza do nosso Amapá”, celebrou.
O comitê gestor, formado por produtores de todo o estado, será responsável por supervisionar, orientar e tomar decisões estratégicas, além de monitorar o progresso e a alocação de recursos do polo. Um dos grandes desafios levantados é a atualização dos dados estatísticos.
Segundo Samuel Castro, coordenador de Sistemas Produtivos e Inovadores da Secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, a atualização desses dados precisa ser corrigida com urgência. “Atualmente, apenas três municípios amapaenses possuem registros de produção no IBGE. Uma das metas estratégicas do polo é trazer as informações mais concretas e corretas junto ao órgão de pesquisa de estatística para oficializar a verdadeira produção de mel no estado Amapá”, explicou.
Capacitação Nacional
Como parte do encerramento, foi anunciado que o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, garantiu 20 vagas para a participação de produtores do Amapá no Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura, que será realizado em 2026, em Santa Catarina. A iniciativa visa conectar os produtores amapaenses com as maiores inovações do setor no país.
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