Cidades

Amapá encerra ciclo de oficinas para a elaboração do Plano Estadual de Mineração

Objetivo é identificar e solucionar os entraves que afetam o setor mineral e levantar soluções para o fortalecimento da atividade.


O governo do estado (GEA) está realizando no auditório da Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), a terceira e última oficina de 2018, que aborda os entraves que afetam o setor mineral e levanta soluções para o fortalecimento da atividade. O objetivo é consolidar informações para a elaboração do Plano de Mineração 2019/2030.

 

Entrevistado ao vivo na manhã desta quarta-feira (05) pelo repórter Rodrigo Silva, do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), o empresário Paulo Melém, integrante da Federação das Cooperativas de Mineração do Amapá, que congrega oito entidades, destacou a necessidade do Estado definir a sua vocação mineral, e para isso o setor está se organizando e buscando resposta do Poder Público.
A conclusão do Plano de Mineração possibilita o fortalecimento desde o pequeno até os grandes investidores da área mineral no Estado, além de contribuir para a captação de investimentos necessários ao crescimento socioeconômico amapaense, com a geração de emprego e renda:
“Temos no Amapá o curso de Técnico de Mineração no Instituto Federal (Ifap) preparando jovens que vão precisar se inserir no mercado de trabalho, que é vasto, mas é preciso desburocratizar o caminho. Temos um grande espaço que precisa ser ocupado para a geração de emprego e renda, com tecnologia de ponta à disposição; a Icomi sustentou o Amapá durante 50 anos e degradou 700 hectares; se a empresa tivesse a mesma tecnologia de hoje, degradaria só a metade. Hoje a mineração é pontual, tem local definido e tem como recuperar qualquer área e temos tecnologia para explorar o ouro sem gastar uma gota d’água sequer, sem qualquer problema para os mananciais”, pontuou.

 

Retomada da mineração
Diretor da Agência Nacional de Mineração no Amapá, Wagner Costa falou sobre a importância do evento. “A construção do Plano Estadual é de extrema importância para o Amapá, onde o setor mineral tem tido papel fundamental no crescimento econômico, que precisa ser retomado, e para isso o governo do estado vem utilizando todos os instrumentos possíveis; este é o terceiro evento que realizamos, retomamos o cadastro estadual de recursos minerais em maio, o Prodap vem desenvolvendo um sistema para acompanhamento atividade mineral e agora estamos construindo o plano estadual de mineração, que vai ser transformado em instrumento de política pública no ano que vem.
Para Wagner Costa, a organização dos pequenos mineradores é imprescindível para a retomada da exploração mineral. “Os pequenos mineradores estão se organizando e isso é fundamental para que a exploração seja retomada, pois o Amapá como um todo tem um potencial muito grande do Oiapoque ao Jarí; para isso as cooperativas também estão se organizando e o governo do estado está acompanhando todo o processo, porque nós precisamos dar condições jurídicas para que grandes investidores possam retornar ao Amapá, visto que não basta só ter vontade para atrair, mas sobretudo dar condições para as empresas funcionarem de forma legal, mesmo porque não há mais espaço para trabalhar de forma ilegal no Amapá”.

 

Apesar da crise econômica e financeira que afeta o país, e em especial o Amapá, com o desaquecimento do setor mineral, de acordo com Wagner Costa a mineração é o setor que mais contribui para a pauta de exportação do estado. “A mineração é responsável por 75% de toda a pauta de exportação do Amapá, que contabilizou 282 milhões dólares em 2017, mostrando que, mesmo com a crise econômica, o setor tem fundamental importância no desenvolvimento do estado”, finalizou.


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